RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Um homem identificado como Thiago Lênin Sousa foi preso nesta segunda-feira após agredir com socos um professor de 53 anos dentro do Centro Educacional 4 do Guará, no Distrito Federal.
O ataque, registrado por câmeras de segurança da escola, ocorreu dentro da sala da coordenação e foi presenciado por estudantes, incluindo a filha do agressor, de ensino médio.
As imagens, que viralizaram nas redes sociais, mostram o momento em que o pai da aluna entra na sala, se aproxima do educador e o atinge repetidas vezes na cabeça. O professor tenta se proteger enquanto o homem é contido por funcionários. Em determinado momento, a própria filha do agressor intervém e aplica um golpe mata-leão no pai para impedir que ele continue as agressões.
À polícia Thiago, 41, disse que reagiu após suposto xingamento à aluna. A reportagem não conseguiu localizar a defesa do homem.
Segundo a Polícia Militar, o caso foi atendido por uma equipe do Batalhão Escolar. Quando os policiais chegaram, a situação já havia sido controlada, e os envolvidos estavam em salas separadas. O professor relatou ter sido atacado com socos e pontapés, mas disse não saber o motivo.
O agressor contou à polícia que recebeu uma mensagem da filha, aluna da escola, dizendo que havia sido xingada pelo professor, e afirmou que iniciou as agressões contra o educador após a ligação. Ele negou ter feito ameaças.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado na 1ª Delegacia de Polícia, o caso foi enquadrado como desacato, injúria e lesão corporal.
O professor contou à polícia que chamou a atenção da aluna porque ela se recusava a copiar o conteúdo do quadro e que, após o episódio, foi surpreendido pelo pai da estudante. Ele ficou com o olho roxo e hematomas nas costas. Além da filha do agressor, outras três estudantes presenciaram a agressão.
Em nota, a Secretaria de Educação do Distrito Federal afirmou que a equipe gestora da escola acionou a PM para conter a confusão e que os envolvidos foram levados à delegacia. A pasta afirmou ainda que a Corregedoria da SEEDF vai apurar a conduta do professor mencionado e que o Batalhão Escolar foi acionado para reforçar a segurança na entrada e saída dos alunos nos próximos dias.
“A SEEDF repudia qualquer forma de violência no ambiente escolar e reafirma seu compromisso com a promoção de um espaço educativo seguro, acolhedor e pautado na cultura de paz”, diz o texto.
A secretaria também relatou que, nesta terça-feira (21), a direção reuniu os estudantes para esclarecer dúvidas e acalmá-los, além de orientar o corpo docente sobre o encaminhamento de situações disciplinares ao serviço de orientação educacional da unidade.