BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – Com a temporada de vestibulares, muitas instituições abrem suas portas para que estudantes possam conhecer seus cursos e instalações. As iniciativas são uma oportunidade para conhecer desde as formas de ingresso às possibilidades de carreiras, auxiliando na escolha do futuro acadêmico e profissional.
Entre opções virtuais e presenciais, candidatos podem ter acesso a espaços expositivos com palestras, atividades práticas e visitas guiadas, em contato com alunos, docentes e profissionais do mercado.
Para assegurar uma experiência mais proveitosa, conheça a seguir as vantagens e os aspectos a se atentar nesses eventos.
DESMISTIFICAR A UNIVERSIDADE
Escolher uma profissão requer pesquisa. É desde conhecer as características de uma área até obter uma visão de futuro, compreendendo uma trajetória a longo prazo. Sendo assim, as feiras de profissões são um passo esclarecedor nesse processo.
Para Cézar Costa, coordenador pedagógico do ensino médio do colégio Bernoulli, em Belo Horizonte, esses eventos motivam os jovens, os aproximam do mercado de trabalho e vão mais além. “Eles ajudam a reduzir a ansiedade típica do processo de escolha, mostrando caminhos possíveis e desmistificando a vida universitária”, destaca.
VIVER O AMBIENTE
Estar em contato direto com o ambiente acadêmico é uma maneira de obter uma visão mais concreta do cotidiano de uma universidade. Conferir a infraestrutura, os recursos e a cultura de uma instituição é uma maneira de compreender os desafios reais e tomar uma decisão mais consciente. Nesse momento, convém observar os espaços -como a organização das salas de aulas, bibliotecas e laboratórios- e se informar sobre o funcionamento dos cursos e das atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária, trocando experiências com quem já vivencia essa dinâmica.
“Isso pode despertar no estudante o desejo de pertencimento, proporcionando maior motivação e entusiasmo nos estudos. Além disso, permite que o vestibulando perceba se realmente se identifica com a rotina e os desafios daquela profissão”, explica Costa.
PREPARAÇÃO PRÉVIA
Definir o que se pretende saber é essencial para evitar sentimentos de desorientação. Do contrário, de acordo com Ênio César, coordenador pedagógico do Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília, o excesso de estímulos em uma feira pode prejudicar a vivência.
“Diz o Gato, em ‘Alice no País das Maravilhas’, que para quem não sabe o destino, qualquer caminho serve. É importante que o estudante seja motivado a desenvolver autoconhecimento para que, o quanto antes, obtenha clareza de seus interesses”, salienta.
No caso de estudantes indecisos, o ideal é buscar algum tipo de direcionamento e explorar as atividades que mais despertarem sua atenção. Já para aqueles que têm clareza sobre suas inclinações, vale a pena definir uma programação própria.
“Busque informações sobre a estrutura do campus, onde estarão localizados os estandes dos cursos de sua preferência e se haverá atividades direcionadas, como palestras em horários específicos”, comenta Mariana Vivian, orientadora educacional do Poliedro Colégio Campinas, no estado de São Paulo.
CRITÉRIOS PRÁTICOS E COMPARAÇÕES
Para além de avaliar um curso, reunindo dados como duração e grade curricular, tenha em mente outros indicadores sobre cada universidade, como localização, transporte e programas de bolsas e financiamentos.
Organize as informações coletadas em uma planilha para visualizar os aspectos positivos e negativos de cada instituição. São pontos extras questões relacionadas a intercâmbios, projetos interdisciplinares, parcerias com empresas e outras oportunidades oferecidas pelas instituições.
O QUE EVITAR
É importante não se ater à primeira impressão. Somados a uma boa estrutura física e um ambiente social acolhedor, a reputação da instituição, sua proposta pedagógica e os custos envolvidos na vivência universitária são alguns dos itens a serem levados em consideração. Mas tudo isso deve estar alinhado aos interesses e à aptidão do vestibulando.
“A decisão deve estar conectada a um processo de autoconhecimento, no qual o estudante analisa suas habilidades, interesses e valores pessoais”, observa Costa.