RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Botijões de gás e eletrodomésticos recolhidos entre os destroços das oito casas destruídas por uma explosão em Olinda, na região metropolitana do Recife, serão analisados por peritos do Instituto de Criminalística de Pernambuco. O laudo técnico, que deve indicar a causa da tragédia, tem previsão de conclusão em até 30 dias.
O acidente ocorreu na manhã de domingo (19) na comunidade de Jatobá, no bairro de Ouro Preto, e deixou duas pessoas mortas e dez feridas.
A principal hipótese é de que uma explosão de gás de cozinha tenha provocado o desabamento, mas o Corpo de Bombeiros afirma que ainda não há confirmação oficial sobre a origem do incidente.
A investigação é conduzida pela Delegacia do Varadouro, que também vai ouvir sobreviventes nos próximos dias. Moradores relataram ter sentido um forte cheiro de gás logo após ouvirem o estrondo. Quando as equipes de resgate chegaram ao local, no entanto, não havia mais odor perceptível.
As oito moradias ocupavam um mesmo terreno -cinco no térreo e três em um pavimento superior– e abrigavam ao todo 12 pessoas, segundo o Corpo de Bombeiros. A configuração do imóvel e a sobreposição de casas dificultaram o trabalho das equipes durante o resgate.
Os mortos são Cláudio dos Anjos da Silva, 40, encontrado morto pouco depois da explosão, e Luzinete dos Santos Lima, 69, cadeirante e com as duas pernas amputadas, localizada sob os escombros após dez horas de buscas.
O marido de Luzinete, José de Lima, 67, teve 85% do corpo queimado e foi levado de helicóptero para o Hospital da Restauração, no Recife, onde permanece internado em estado grave. Outras dez pessoas ficaram feridas, parte delas resgatadas por vizinhos antes da chegada das equipes de emergência.
Três vítimas já receberam alta hospitalar: uma adolescente de 12 anos e uma menina de 10, ambas atendidas no Hospital Português, e uma idosa de 78 anos levada para a UPA de Olinda.
A Defesa Civil interditou quatro imóveis próximos por risco de desabamento. As famílias desalojadas estão sendo acompanhadas pela assistência social do município.