PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Quatro empresas apresentaram propostas para participar do leilão de um lote de 627 quilômetros de rodovias no Paraná, marcado para quinta-feira (23). Os grupos EPR, Mota-Engil, Motiva (antiga CCR) e Pátria entregaram suas propostas na B3 nesta segunda-feira (20).

O lote 4 é o penúltimo de um conjunto de seis concessões rodoviárias do estado leiloadas em parceria com a União. Os certames devem se encerrar no dia 30 de outubro, com a venda do lote 5.

As estradas do lote 4 estão localizadas nas regiões norte, noroeste e oeste do estado. De acordo com o Ministério dos Transportes, estão previstos R$ 18,17 bilhões em investimentos, incluindo 231 km de duplicações, 87 km de faixas adicionais, 39 passarelas de pedestres, oito pontos de travessia de fauna e áreas de descanso para caminhoneiros (PPDs).

Também estão programadas obras de contornos rodoviários nas regiões metropolitanas de Maringá e Londrina. O ministério projeta que os investimentos possam gerar 156 mil empregos.

O pacote inclui trechos das rodovias federais BR-272, BR-369 e BR-376, além das estaduais PR-182, PR-272, PR-317, PR-323, PR-444, PR-862, PR-897 e PR-986.

O lote 5, que deve ter os interessados divulgados na próxima segunda-feira (27), tem 432,8 km de extensão e prevê investimentos de aproximadamente R$ 6,7 bilhões. As concessões têm vigência de 30 anos.

Em dezembro do ano passado, o lote 3 foi arrematado pela então CCR, hoje Motiva. Com extensão de 570 km em estradas federais e estaduais, foi arrematado após a proposta apresentar 26,6% de desconto sobre a tarifa básica de pedágio.

No mesmo mês, o lote 6 foi adquirido pela EPR, responsável por administrar 662 km e aplicar R$ 20 bilhões em obras no oeste e sudoeste do Paraná.

O lote 1 está sob operação da Via Araucária, pertencente ao grupo Pátria, que venceu o leilão em agosto de 2023, enquanto o lote 2 foi arrematado pela EPR em setembro do mesmo ano.

Ao final dos leilões, o governo de Ratinho Jr (PSD) terá concedido mais de 3.000 km de rodovias federais e estaduais que compõem o Anel de Integração entre diversas regiões do estado.

Segundo a gestão, os investimentos nos seis lotes devem chegar a R$ 60 bilhões em sete anos.