RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Jogo considerado de grande risco por conta da rivalidade entre as torcidas e de todo o clima criado nos dias que antecederam o duelo, Flamengo e Palmeiras transcorreu sem problemas no que se refere à segurança dentro e fora do Maracanã.

SETOR PALMEIRENSE ISOLADO E ORGANIZADAS ESCOLTADAS

A Polícia Militar escalou 860 homens, sendo 660 somente do Bepe, o Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios. O número total de agentes foi 60% maior que o último duelo entre os clubes no Maracanã, em 2024.

A rua Artur Menezes foi totalmente isolada para os palmeirenses. Além disso, o Batalhão de Ações com Cães (BAC) colocou quatro viaturas na divisa com a rua São Francisco Xavier, onde passavam os flamenguistas.

A corporação contou também com um “carro-comando” com uma central de tecnologia de videomonitoramento facial e drones, manuseados por equipes do GAM (Grupamento Aeromóvel).

Já as organizadas do Palmeiras foram escoltadas desde a estrada, na altura de Resende (RJ). Os cerca de 20 ônibus chegaram em segurança e cercados por viaturas. Os veículos foram deslocados para o estacionamento do antigo estádio de atletismo Júlio Delamare.

Quando os torcedores desceram dos ônibus, foram revistados pelos policiais e acompanhados até a entrada do setor Sul. Bandeiras e adereços também passaram por uma minuciosa revista.

Não foram registradas brigas nem na parte interna e nem no perímetro do Maracanã. Os palmeirenses precisaram esperar por cerca de 40 minutos após o jogo para serem liberados por medida de segurança. Já as organizadas receberam a mesma escolta até o ponto onde foram buscados, em Resende (RJ).

‘BICO SECO’ REVOLTA PALMEIRENSES

O único ponto que causou revolta na torcida do Palmeiras foi a falta de venda de cervejas no setor visitante. Comumente, a bebida alcoólica é comercializada em todos os setores do Maracanã.

O UOL consultou o consórcio do estádio, que confirmou a falta de vendas, mas não explicou o motivo. A reportagem segue aguardando as justificativas para o veto e, caso elas sejam enviadas, a matéria será atualizada.

ARRASCAETA SOFRE TENTATIVA DE ASSALTO

Quem quase levou a pior na saída do Maracanã foi Arrascaeta. O uruguaio relatou ter sofrido uma tentativa de assalto após deixar o estádio.

Sua esposa, Camila Bastiani, afirmou que eles foram salvos pois o carro era blindado. Já o meia foi às redes compartilhar o susto: “Sete anos no Flamengo. Primeira tentativa de assalto saindo do Maracanã. Que momento desagradável passamos com a família. Graças a Deus estamos todos bem”