RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Nome mais experiente da seleção masculina, Arthur Nory fez um balanço positivo do Mundial de ginástica artística, mesmo tendo ficado longe da final na barra fixa, aparelho em que foi campeão em 2019.

O brasileiro não conseguiu apresentação tão consistente quanto esperava — teve um problema de retomada após um dos movimentos — e ficou com a nota de 13.400. Arthur Nory, porém, tinha um desafio pessoal em Jacarta, na principal competição do ano inicial do ciclo para os Jogos Olímpicos de Los Angeles.

“Sei que sempre podemos mais, eu me cobro muito, mas o importante foi toda a minha preparação, tudo que eu fiz desde a classificação, dificultando a minha série de barra. Acho que foi importante fazer o que eu fiz: acertar. Eu precisava acertar a minha série”, começou.

Nas duas últimas competições não acertei e ficava nessa expectativa: ‘Quando acertar, quanto eu vou tirar?’. Acertei e tirei uma nota aquém daquilo que eu buscava para a final. Então, tivemos um panorama agora. É voltar para casa, trabalhar melhor, ser mais estratégico nessa minha série, porque eu busquei dificuldade, e as dificuldades podem comprometer com alguns décimos, como foi. Mas estou satisfeito porque acertei em uma competição para tirar esse tabu que eu estava criando dentro de mim Arthur Nory, à CBG

Nory elogiou ainda o trabalho durante a preparação para o Mundial e a relação com os companheiros. No torneio, o Brasil contou ainda com Caio Souza, Diogo Soares, Vitaliy Guimarães e Tomás Florêncio

“Estava me preparando muito bem. E o que eu achei mais legal foi que estávamos unidos desde o primeiro até o último aparelho. Os cinco estavam bem unidos. Vimos que, em grupo, conseguimos muito mais força. Eu estou muito feliz também por ver que eu tenho nível, estou brigando de igual durante dez campeonatos mundiais. Para mim, acho que é uma resiliência, uma força muito grande ainda”, afirmou.