RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A tensão em torno do clássico entre Flamengo e Palmeiras no Maracanã, neste domingo (19), às 16h, escalou antes mesmo do apito inicial. A escolha do árbitro Wilton Pereira Sampaio pela CBF gerou protestos de torcedores rubro-negros em frente à sede da entidade, no Rio.
O clima de insatisfação foi expresso em frases de ordem como “A CBF é verde!” e “VARgonha!”. As faixas materializaram a desconfiança da torcida, após comentários de revolta que já circulavam por meio das redes sociais desde o anúncio do corpo de arbitragem, na tarde de sexta-feira.
A revolta, no entanto, vem de um histórico recente de desentendimentos entre o Fla e o juiz goiano, que faz parte do quadro da Fifa. A polêmica mais notória ocorreu em 2023, após a final da Supercopa do Brasil, também contra o Palmeiras, quando o Flamengo chegou a entrar com um processo no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pedindo o afastamento de Wilton Pereira Sampaio.
Na ocasião, o clube carioca alegou que os erros do árbitro eram recorrentes e solicitou seu afastamento por 120 dias. Além disso, o clube enviou ofício à CBF pedindo a reciclagem do juiz e do árbitro de vídeo, Rodrigo D’Alonso Ferreira, “por falta de técnica”.
Por outro lado, nos bastidores da CBF, Wilton é visto como uma escolha “óbvia”, principalmente diante das polêmicas envolvendo outros juízes. O árbitro tem vasta experiência internacional, incluindo participações nas Copas do Mundo de 2018 (como VAR) e 2022 (como árbitro principal). Ele também esteve presente na Copa do Mundo de Clubes de 2025, onde apitou três jogos, incluindo a goleada do PSG sobre o Inter Miami nas oitavas de final.