SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Flávia Saraiva chega ao Mundial de ginástica artística, em Jacarta, com uma bagagem cheia de experiências e uma trajetória que a coloca como a líder da seleção feminina. Na ausência de Rebeca Andrade, em ano sabático, e da veterana Jade Barbosa, é ela quem puxa os holofotes e serve de inspiração em uma equipe que conta com jovens promessas.
Com 26 anos, Flavinha atravessou gerações na ginástica. Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris, ela já esteve na seleção ao lado de atletas que marcaram época, como Daniele Hypolito e Jade Barbosa – que também foi medalhista em Paris e anunciou gravidez recentemente.
“Estou tendo a oportunidade de treinar com atletas 11 anos mais novas do que eu. Eu e a Julia Soares, que temos mais experiência, estamos aqui também para ensinar, podendo mostrar o que é um Campeonato Mundial. Não é hora de cobrança, mas de aprendizado, de amadurecimento de jovens ginastas que estão convivendo com duas medalhistas olímpicas”, declarou Flavinha.
O Brasil, no Mundial, terá Júlia Coutinho, do Flamengo, e Sophia Weisberg, do Pinheiros. As duas têm 15 anos e são apontadas como joias da ginástica brasileira.
“A gente consegue ensinar até sem palavras. Consegue-se assimilar muita coisa observando postura, comportamento. Nossa corrida pela vaga olímpica começa em 2026. Então, este é o momento de aproveitarem o Mundial, ver o que significa, que sintam os aparelhos e absorvam o que puderem ao lado das melhores do mundo”, disse.
“É um momento muito interessante, de descoberta, pelo qual eu também passei. E que possam voltar felizes ao Brasil, para dar continuidade ao trabalho, cheias de inspiração.”
Flávia voltou às competições em setembro, no Brasileiro realizado em Recife. A atleta foi submetida a uma cirurgia no ombro direito pouco depois da disputa das Olimpíadas, e passou por um período de recuperação.
O Mundial de ginástica artística começa neste domingo (19), em Jacarta, na Indonésia, e vai até o dia 25. A transmissão será do Sportv e da CazéTV.