PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil de Mato Grosso investiga o vazamento de vídeo em que um padre da paróquia de Nova Maringá, a 392 km de Cuiabá, aparece com a noiva de um fiel da igreja.

Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta quinta-feira (16) em Nova Maringá e São José do Rio Claro. Entre os itens apreendidos estão celulares, computadores e cartões de memória com possível material relacionado ao caso.

Também na quinta, o padre Luciano Braga Simplício foi afastado de suas funções na paróquia.

O caso veio à tona após a divulgação de um vídeo gravado na casa paroquial de Nova Maringá no domingo (12). Nas imagens, o padre está sem camisa e é confrontado por homens que invadem o local e encontra a mulher, de 21 anos, chorando embaixo da pia do banheiro.

A família da mulher procurou a polícia para denunciar o caso após o vazamento dos vídeos na internet.

Em áudios, o padre negou qualquer relação com a jovem, afirmando que ela apenas pediu para usar um quarto anexo para tomar banho, pois havia trabalhado na igreja naquela manhã.

Segundo a Polícia Civil, a investigação apura os crimes de constrangimento ilegal qualificado, praticado mediante violência ou participação de três ou mais pessoas; invasão de domicílio qualificada, praticada no período da noite e com violência; exposição da intimidade e dano psicológico contra a vítima.

O cumprimento dos mandados foi conduzido pela delegacia de São José do Rio Claro com o apoio de agentes da delegacia de Tapurah.

Os alvos são pessoas próximas ao agora ex-noivo da mulher, que estariam envolvidas na invasão e na captação das imagens.

A defesa do ex-noivo afirmou, em nota, que ele estava em viagem a trabalho no Rio Grande do Sul quando o vídeo foi gravado, e que tanto ele quanto seus familiares estão à disposição da Polícia Civil para prestar esclarecimentos.

“Os acontecimentos que vieram a público tiveram origem em atitudes profundamente reprováveis, marcadas pela quebra de confiança, pelo desrespeito e pela ausência de qualquer senso de responsabilidade moral ou religiosa”, disse o advogado Marcio Goliczeski.

“A conduta dos envolvidos afrontou valores essenciais não apenas de um relacionamento, mas também de uma comunidade inteira, que se viu traída por quem deveria agir com retidão e exemplo.”