(UOL/FOLHAPRESS) – O Sora 2, gerador de vídeos de IA da OpenAI, foi lançado oficialmente há menos de um mês, mas já vem causando bastante polêmica, sendo a mais recente a interrupção na geração de conteúdos artificiais que se assemelham ao ativista Martin Luther King Jr.

A OpenAI anunciou que pausou a capacidade dos usuários de gerar vídeos de Martin Luther King Jr. em seu modelo de IA. A medida foi tomada a pedido da família de Luther King, após a criação de representações desrespeitosas de sua imagem.

Usuários chegaram a criar vídeos racistas de Luther King fazendo sons de macaco. Segundo relatou o jornal Washington Post, também foram gerados conteúdos do ativista lutando com outros ícones dos direitos civis, como Malcolm X.

Segundo a OpenAI, as famílias devem ter controle sobre como sua imagem é utilizada. Em comunicado publicado no X (antigo Twitter), a empresa afirmou que “representantes autorizados ou proprietários de patrimônio podem solicitar que sua imagem não seja usada em participações especiais do Sora”.

“Embora haja fortes interesses de liberdade de expressão na representação de figuras históricas, a OpenAI acredita que as figuras públicas e suas famílias devem, em última análise, ter controle sobre como sua imagem é usada”, disse a OpenAI, em comunicado.

Filha de Martin Luther King Jr. se pronunciou. No Instagram, Bernice King compartilhou o comentário de uma matéria da Variety e comentou: “Por favor, parem.”.

Recentemente, a mesma coisa aconteceu com a filha de Robin Williams. A cineasta Zelda Williams pediu para que os fãs parassem de mandar conteúdos gerados por IA com a imagem de seu pai. “Pare de acreditar que eu quero ver ou que vou entender, eu não quero e não vou entender”, disse em postagem no Instagram.

“A IA está apenas reciclando e regurgitando o passado de forma desleixada para ser consumido. Você está absorvendo a Centopéia Humana do conteúdo, e do final da fila, enquanto as pessoas na frente riem e riem, consomem e consomem”, disse Zelda, em postagem no Instagram..