SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um idoso de 64 anos que comeu a planta tóxica chamada de “falsa couve” saiu da UTI e agora está na enfermaria da Santa Casa de Patrocínio (MG).
O quadro de saúde do paciente é estável. De acordo com a Prefeitura de Patrocínio, ele respira de forma espontânea.
Homem ficou na UTI para controlar a pressão arterial. O boletim médico anterior apontava que ele já tinha o quadro estável e respirava espontaneamente.
Um outro homem, de 60 anos, continua internado em estado grave. Ele está sedado e respirando por aparelhos.
No total, quatro pessoas foram hospitalizadas por comerem a planta tóxica. Um terceiro homem, de 67 anos, não apresentou sintomas graves, recebeu atendimento médico e já foi liberado.
A quarta paciente, uma mulher de 37 anos, morreu. Claviana Nunes da Silva morreu na segunda-feira (13), após passar seis dias internada.
ENTENDA O CASO
Família tinha se mudado há pouco tempo para uma chácara onde tinha a planta. Eles confundiram a hortaliça com couve, pela aparência semelhante, colheram, refogaram e serviram no almoço.
Planta tóxica é conhecida como “falsa couve”. A Nicotiana glauca é da mesma família da Nicotiana tabacum, que é a folha do fumo.
Planta tem alta concentração de anabasina, substância tóxica. A toxina já foi usada na produção de inseticidas e pode causar intoxicação grave, como no caso da família de Minas Gerais.
Sintomas de intoxicação surgiram rapidamente. Após a refeição, quatro pessoas começaram a sentir mal-estar, ter dormência nas pernas, fraqueza, dificuldade para respirar e visão embaçada, segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. De acordo com a Polícia Civil, elas também apresentavam “conversa desconexa”.
CASO É INVESTIGADO
Vigilância sanitária e epidemiológica do município fizeram vistoria na casa e coletaram amostras da planta. “A secretaria de Saúde reforça a importância de não consumir plantas desconhecidas e de procurar imediatamente atendimento médico em casos de suspeita de intoxicação”, disse a administração municipal.
A Polícia Civil também vai apurar o caso. Em nota, a instituição informou que levantamentos preliminares “indicam a possibilidade de envenenamento acidental”.