Semad autua 40 cerâmicas por falta de licença ou uso de madeira ilegal em Goiás

Uma operação realizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), batizada como Tijolo Mole, resultou na autuação de 40 cerâmicas por falta de licença ambiental ou por uso de madeira nativa irregular em Goiás.

A operação está na segunda fase. Na primeira, deflagrada em setembro, a fiscalização percorreu estabelecimentos em:

  • Jussara;
  • Israelândia;
  • Iporá;
  • São Luiz de Montes Belos;
  • Bom Jardim de Goiás;
  • Aruanã;
  • Goiás;
  • Itapuranga;
  • Damolândia;
  • Ouro Verde de Goiás;
  • Silvânia;
  • Caldazinha;
  • Leopoldo de Bulhões;
  • Inhumas;
  • Avenópolis;
  • Anicuns;
  • Adelândia.

Na segunda, foram visitados empreendimentos em Palmeiras de Goiás.

Ao todo, foram fiscalizados 57 pontos. A Semad constatou que 17 deles estavam funcionando sem licença ambiental, o que resultou em multas no valor de R$ 383 mil.

Em 23 estabelecimentos, os fiscais encontraram madeira sem a devida documentação que comprovasse a origem dela, com a aplicação de R$ 925,9 mil em multas e apreensão de mais de 3.592 metros estéreos de madeira (cada metro estéreo equivale a aproximadamente 1,5 metro cúbico).

Tijolo Mole

A operação Tijolo Mole é parte do esforço da Semad para reduzir o desmatamento ilegal em Goiás.

“Normalmente a madeira é utilizada para abastecer os fornos desses empreendimentos”, explica Rodrigo Pinheiro Bastos, gerente de Fiscalização Ambiental e Inteligência da Semad.

“Para que o uso dessa madeira nativa seja regular, é fundamental que ela esteja lastreada pelo respectivo Documento de Origem Florestal (DOF)”, afirma.

“Cumprir a legislação ambiental é fundamental para garantir a sustentabilidade e a manutenção dos recursos para gerações futuras”, complementa o subsecretário de Licenciamento e Fiscalização Ambiental, Robson Disarz, que também foi a campo participar da operação.

Legislação

A lei determina que todo produto de origem florestal seja lastreado por um documento que comprove sua origem legal e autorizada, o DOF.

Casos como os que foram constatados pelos fiscais da Semad são comuns em Goiás, onde madeira ilegal – muitas vezes proveniente da Amazônia – é destinada a cerâmicas, carvoarias, serrarias e olarias. Outras infrações frequentes incluem a falsificação de DOF e o armazenamento em pátios não autorizados.

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Fonte: Agência Cora