SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil da Bahia deflagrou na manhã desta quinta-feira (16) uma operação para desarticular um grupo criminoso suspeito de adulteração, comercialização irregular de combustíveis e ocultação patrimonial por meio de 200 postos no estado.
As investigações da Operação Primus apontam que as empresas mantêm conexões com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O grupo é suspeito de estruturar e expandir uma complexa rede empresarial destinada à adulteração e comercialização irregular de combustíveis.
Ao todo, sete pessoas foram presas. O principal alvo da operação, responsável pelo esquema, foi preso em um hotel no município de Lençóis, na Chapada Diamantina. A polícia apreendeu armas, veículos de luxo e equipamentos utilizados para adulterar combustíveis.
Foram cumpridos mandados judiciais nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e em São Paulo. Ao todo, mais de 170 policiais civis participaram da operação.
A Polícia Civil destacou a “expressiva dimensão financeira” das atividades ilícitas do grupo e pediu ao Poder Judiciário o bloqueio de bens dos investigados estimados em R$ 6,5 bilhões.
O delegado-geral adjunto de operações da Polícia Civil, Jorge Figueiredo, classificou a operação como uma das maiores ações de combate a lavagem de dinheiro no setor de combustíveis já realizadas na Bahia.
“A investigação identificou cerca de 200 postos vinculados a um grupo criminoso que atuava na adulteração e comercialização irregular de combustíveis, com conexões interestaduais e indícios de ligação com o PCC”, afirmou.
A operação foi conduzida pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil da Bahia, com o apoio da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.