O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) deu início à implantação de um novo protocolo voltado ao controle da dor intensa. A iniciativa busca garantir alívio rápido, seguro e humanizado aos pacientes que chegam à unidade com queixas graves.
A ação começa ainda na porta de entrada do hospital. Diante de um quadro de dor aguda que não responde ao tratamento padrão, a equipe de anestesiologia é acionada. O paciente é avaliado com escalas específicas de dor, o que permite definir a melhor abordagem.
Bloqueios guiados por ultrassom ajudam no controle da dor no Hugo
Com base na avaliação, são realizados bloqueios anestésicos guiados por ultrassom. A técnica permite a inserção de um cateter no nervo afetado, garantindo infusão contínua e precisa de analgésicos. Isso reduz efeitos colaterais e acelera a recuperação.
O Hugo também passou a contar com a bomba de PCA (Analgesia Controlada pelo Paciente), que permite ao próprio paciente liberar doses programadas de analgésico. O sistema é seguro e evita excessos, oferecendo alívio sob medida, especialmente no pós-operatório.
O coordenador da anestesiologia e do Grupo de Dor do Hugo, Gustavo Dechichi, afirma: “Todo o processo é rigorosamente monitorado, desde o atendimento inicial até o pós-operatório, com o objetivo central de mitigar o sofrimento dos pacientes”.
Consequências da dor mal controlada são graves
A dor aguda não tratada adequadamente pode comprometer o sistema cardiovascular e respiratório, além de gerar impactos neuropsicológicos, como ansiedade e delírio. Há ainda o risco de a dor se tornar crônica, exigindo tratamento por tempo indeterminado.
“Sentir dor não é algo normal. Em alguns casos, ela pode evoluir para uma condição crônica que acompanha o paciente pelo resto da vida. Por isso, é fundamental um manejo adequado desde o início”, reforça o especialista.
O Hugo é o único hospital público do Estado a contar com essas tecnologias, reafirmando seu compromisso com a qualidade e a humanização no atendimento.
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Fonte: Agência Cora
