SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Ativistas climáticas atiraram tinta vermelha na obra ‘Primer homenaje a Colón’, ou “primeira homenagem a Colombo”, de José Garnelo y Alda, de 1892. O ato aconteceu no Museu Naval de Madri, neste domingo (12).

A data marca a chegada de Cristóvão Colombo à América em 12 de outubro de 1492. Trata-se de feriado nacional na Espanha —o país comemora o Dia Nacional ou Festa Nacional da Espanha, como efeméride histórica em homenagem ao navegador.

O grupo Futuro Vegetal reivindicou autoria do protesto. Em suas redes sociais, o coletivo afirma que lançaram tinta vermelha biodegradável sobre o quadro.

“A celebração de 12 de outubro é a celebração de séculos de opressão, exploração e genocídio das populações originárias de Abya Yala. Chega de enaltecer a colonização e os genocídios, históricos e atuais!”, afirma o grupo em postagem. “Os povos originários exigem o reconhecimento das injustiças históricas e a promoção de reparações para suas comunidades. Com esta ação, nos unimos às suas reivindicações.”

Nesta segundo, o Museu Naval de Madrid publicou uma foto mostrando restaurandores trabalhando na obra danificada.

“Nossa grande equipe de profissionais está trabalhando no dia da Festa Nacional na restauração do quadro ‘Primeira homenagem a Cristóvão Colombo’, de José Garnelo. O Museu Naval continuará exibindo com orgulho as páginas da história da Espanha escritas a partir do mar.”

No ano passado, duas ativistas do clima arremessarem sopa na “Mona Lisa”, de Leonardo da Vinci. Em 2022, o quadro foi atacado por um homem, disfarçado com uma peruca e uma touca, numa cadeira de rodas, que jogou algo parecido com uma torta na obra.

No mesmo ano, ativistas arremessaram sopa de tomate sobre a tela de um dos quadros mais famosos da história, “Girassóis”, do pintor Vincent Van Gogh, e colaram as mãos —como também fizeram com a obra de Van Gogh— em uma réplica do quadro “A Última Ceia”, de Leonardo Da Vinci, em exposição na Royal Academy, na capital britânica.

Os ativistas também colaram as mãos no quadro de John Constable, uma prática repetida em outras manifestações no Reino Unido. Eles fizeram o mesmo em uma pintura de William Turner em Manchester, em outro de Van Gogh em Londres e em uma obra de Horatio McCulloch em Glasgow.