SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Claviana Nunes da Silva, de 37 anos, que estava internada após consumir Nicotiana glauca, uma planta tóxica conhecida como “falsa couve”, morreu nesta segunda-feira (13) em Patrocínio, Minas Gerais, por uma lesão no cérebro. Ela deixou marido e dois filhos pequenos.

FAMÍLIA TINHA ACABADO DE MUDAR E PLANTA JÁ ESTAVA NO QUINTAL

Eles tinham se mudado recentemente para o imóvel na zona rural de Patrocínio. O pé da “falsa couve” já estava no quintal. Por causa da semelhança com a hortaliça, a família colheu a Nicotiana glauca, refogou e serviu num almoço de confraternização na última quarta-feira.

Natural de Patos de Minas, Claviana passou mal imediatamente. Ela sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi levada para a Santa Casa de Patrocínio, onde permaneceu em estado grave.

Quadro de saúde da mulher piorou ainda mais no domingo. Ela morreu nesta segunda-feira (13) por lesão grave no cérebro causada pela intoxicação alimentar.

MULHER TINHA DOIS FILHOS PEQUENOS

Claviana deixou marido e dois filhos. As crianças são uma menina de 5 anos e um menino de 1 ano e meio.

Sepultamento será realizado às 17h desta terça-feira (14), no cemitério municipal de Guimarânia, a 28km de Patrocínio. O velório aconteceu nesta segunda-feira (13).

FAMILIARES TAMBÉM PRECISARAM DE ATENDIMENTO

Homem de 67 anos recebeu alta no mesmo dia da intoxicação. O filho mais novo de Claviana também recebeu atendimento, mas foi liberado após constatado que não comeu a planta.

As outras vítimas são dois homens, de 60 e 64 anos. A secretaria de Saúde do município informou, em nota, que o homem de 60 anos “permanece internado na UTI da Santa Casa de Patrocínio, entubado, sob ventilação mecânica e uso de sedação, apresentando quadro ainda grave e instável”. Já o mais novo está “estável hemodinamicamente, eupneico [sinais vitais e respiração normal], em uso de cateter nasal, com função renal preservada, porém mantendo-se confuso”.

Amostras de alimentos e materiais biológicos estão em análise. Os testes laboratoriais devem confirmar o agente causador da intoxicação, segundo a secretaria de Saúde.