Da Redação

Israel começou, nesta segunda-feira (13), a libertação de 1.968 prisioneiros palestinos detidos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, em uma das maiores trocas de prisioneiros desde o início do atual conflito. O processo, que mobilizou milhares de palestinos em Ramallah, faz parte de um acordo para troca de 20 israelenses vivos e 28 corpos por quase dois mil detidos palestinos.

A operação envolveu mais de 40 ônibus, responsáveis pelo transporte dos prisioneiros para diferentes regiões — Cisjordânia, Jerusalém, Gaza e Egito. Segundo informações do Escritório de Mídia de Prisioneiros Palestinos, 154 dos libertados serão enviados ao exílio, uma condição imposta por Israel como parte do acordo.

De acordo com fontes palestinas, cerca de 250 prisioneiros com condenações mais graves foram incluídos entre os libertos. Muitos deles estavam há anos presos sob acusações de envolvimento em atos contra o Exército israelense.

Apesar da medida, Israel ainda mantém mais de 10 mil palestinos encarcerados, entre eles 360 crianças, segundo o governo palestino. Dados da organização de direitos humanos Addameer apontam que o número de detidos mais que dobrou desde 7 de outubro de 2023, passando de 5.200 para 11.100 prisioneiros após a escalada de tensões no conflito.

A libertação foi recebida com celebrações e protestos. Enquanto famílias palestinas comemoravam o retorno de parentes após anos de prisão, críticos alertaram que o acordo não muda o quadro de repressão e detenções em massa, que seguem sendo um dos pontos mais sensíveis na disputa entre Israel e os territórios palestinos.