RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Militar do Rio de Janeiro prendeu 14 pessoas e aprendeu 12 fuzis durante operação nesta segunda-feira (13) em Jacarepaguá, na zona oeste. Os presos são suspeitos de envolvimento com milícia, segundo a corporação. Os nomes não foram revelados.

A operação aconteceu na comunidade Juliano Moreira, famosa por ter abrigado até 2022 uma antiga colônia psiquiátrica. A região, hoje formada por residências, incluindo conjunto habitacional, é explorada pela milícia.

As prisões aconteceram sem tiroteio, segundo a corporação. A ação foi comandada pelo 18° Batalhão. Além dos 12 fuzis, duas pistolas, um revólver, duas granadas, uma carabina e dezenas de carregadores também foram apreendidos.

O secretário da PM, coronel Marcelo Menezes, chamou os suspeitos de narcoterroristas. “As armas apreendidas demonstram o poderio bélico e o tamanho do desafio da segurança pública”, disse.

Segundo a polícia, informações da área de inteligência apontaram que o grupo suspeito tem ligação com as disputas entre milícia e Comando Vermelho, principalmente em comunidades de Jacarepaguá, como Cidade de Deus e Gardênia Azul.

“Ela [milícia] vem expandindo desde 2021 seus domínios. A região sudoeste se encontra com essa briga entre facções por domínio territorial. A operação visa exatamente prender e tentar identificar o modus operandi dessa facção”, afirmou o subsecretário de inteligência da PM, Uirá Ferreira.

“O Rio vive uma questão diferente [de outros estados] porque o enfrentamento é quase uma guerrilha. O 18° batalhão seguiu orientações de inteligência, montou operação tática e conseguiu prender sem disparar qualquer tiro. Mas nem sempre a ação vai ser assim”, disse Ferreira.