RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Morta no sábado (11), Califórnia, nos Estados Unidos, Diane Keaton foi homenageada em 2004 por Meryl Streep, a grande laureada, durante a premiação anual do American Film Institute. As duas contracenaram em “As Filhas de Marvin”, de 1996, e ela dizia gostar e admirar de Diane como a uma irmã.
O vídeo daquele dia começa a viralizar. A atriz começa contando a uma plateia lotada que, quando era pequena, sua mãe a levava de carro ao Museu de História Natural de Nova York, onde havia uma mulher transparente, que tinha toda a sua anatomia à mostra. “Dava para ver as suas entranhas, o seu coração e o seu cérebro”. Ela então faz uma interessante analogia, comparando a amiga também a um beija-flor, não sem antes se dizer apaixonada por Diane.
Leia na íntegra o depoimento:
“Quando eu era pequena, em Nova Jersey, minha mãe colocava os meus irmãos e a mim no carro e nos levava a Nova York para irmos ao Museu de História Natural. Nós corríamos pelas escadas até a
exposição do corpo humano, porque lá havia uma mulher transparente.
Havia uma mulher gigante nua no meio da sala e dava para ver tudo. Ela era transparente e ficava de pé com as mãos estendidas, sem cobrir nada. Dava para ver as suas entranhas, o seu coração e o seu cérebro, e ela era de tirar o fôlego.
Diane Keaton, provavelmente a pessoa mais midiática da história da moda, também é uma mulher transparente. Não há ninguém mais exposto, mais indefeso e disposto a mostrar-se por dentro e por fora do que Diane.
Eu me apaixonei por ela praticamente na mesma época em que todo mundo se apaixonou por Annie Hall [“Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”] porque ela tinha o fluxo de consciência de um beija-flor.
Ela está aqui, e depois está ali, e depois está lá em cima e depois, onde está ela? Ela é tão difícil de capturar, sabe, ela está voando. Quando ela pousa, simplesmente faz o seu coração parar. Ela deu a todos nós tanta felicidade!
Amor –você escreveu isso no seu livro– todo amor é um trabalho. É um ótimo trabalho. O melhor trabalho. Então, agradeço à sua mãe porque ela nos trouxe você. Não consigo imaginar os anos 70, 80, 90, 2000, sem você. Te amo Diane, assim como todo mundo.”
Veja o vídeo neste link do YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=y70sAfIF8Lg&t=1s.