RIO DE JANEIRO, RJ, E BARCELONA, ESPANHA (UOL/FOLHAPRESS) – A seleção brasileira está em evolução tática e coletiva com Carlo Ancelotti, e a goleada sobre a Coreia do Sul mostra isso. A consequência é uma boa dor de cabeça para o treinador: jogadores estão entrando melhor nas partidas e a briga por vagas na Copa fica ainda mais acirrada.

Faltam cinco jogos e duas convocações antes da lista final para o Mundial. Como desenho tático básico, Ancelotti usa dois modelos: 4-2-4 e 4-3-3.

O exemplo da concorrência no ataque é cristalino. Vini Jr, Rodrygo, Estêvão e Matheus Cunha foram bem diante dos coreanos.

Mas ao mesmo tempo, não dá para ignorar Luiz Henrique, Martinelli, Raphinha e João Pedro —os dois últimos não foram convocados por questões físicas.

Só aí Ancelotti já poderia preencher tranquilamente as vagas para a Copa. Mas e Richarlison, que o treinador tanto gosta, e Igor Jesus, que é alternativa de um centroavante com característica diferente?

O cenário fica ainda mais complicado para quem sonha com a Copa e nem convocado por Ancelotti foi ainda, como Endrick e Neymar.

A MOBILIZAÇÃO

É fácil explicar que as brigas na seleção brasileira estão muito acirradas. A leitura de Ancelotti sobre o jogo, inclusive, vai na linha de que a mobilização coletiva fez a qualidade individual aparecer. O contraste com técnicos antecessores no pós-Copa 2022 é flagrante.

“Estou muito satisfeito com o jogo da equipe. Obviamente, se você coloca uma base forte, com uma equipe sólida na defesa, a qualidade individual na frente aparece”, disse o treinador.

E a discussão por vagas não se restringe ao ataque. Na zaga, Militão teve atuação consistente ao lado de Gabriel Magalhães, em uma Data Fifa que não tem Marquinhos e Alexsandro Ribeiro, machucados.

Só aí já pode faltar espaço para Fabrício Bruno, que será titular contra o Japão, Léo Ortiz e Bremer, só para citar alguns zagueiros selecionáveis.

Mas onde o quadro está aberto mesmo é nas laterais. Vitinho e Paulo Henrique jogaram contra a Coreia. Douglas Santos e Carlos Augusto também.

Na direita, Vanderson e Wesley apareciam em vantagem, mas foram cortados por lesão. Na esquerda, Alex Sandro foi quem perdeu a Data Fifa passada porque se machucou. Ancelotti ainda levou Caio Henrique na lista atual.

Quem deixa menos brecha para dúvida é a dupla de volantes Casemiro e Bruno Guimarães. A cada atuação em conjunto na seleção, deixam claro que a disputa é para quem vai ser reserva dos dois.

E com o time estruturado, fica mais fácil fazer as análises individuais.