SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A atriz Diane Keaton, que morreu neste sábado (11) aos 79 anos, se destacou não apenas por seus personagens nos cinemas, mas também pelo estilo de roupas agênero que desafiou padrões da época e a tornou um ícone fashion.

Diane ficou conhecida também pelo estilo ousado, que rompeu estereótipos. Keaton foi uma das pioneiras do visual agênero, com roupas influenciada pela alfaiataria masculina.

Opção por roupas de gênero fluído ficou evidente no filme “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”. No longa dirigido por Woody Allen, que rendeu à Diane o Oscar de melhor atriz, ela optou por peças de alfaiataria tipicamente masculina, como colete, calça social e gravata.

Keaton voltaria a ostentar seu guarda-roupa agênero em várias aparições importantes. No Oscar de 2004, quando concorria como melhor atriz, ela optou por um visual foi um smoking masculino com cauda, aliado a um colete cinza, gravata de bolinhas e luvas. O look foi um contraponto aos vestidos deslumbrantes comumente usados nessas premiações.

Influência masculina no visual de Keaton se tornou tendência. A atriz usou e abusou de ternos em cores diferentes e com bastante brilho, como na vez em que participou do 10º Gala Anual Art+Film, em 2021, ou quando participou de programas populares da TV dos Estados Unidos, como os comandados por Jimmy Fallon e Jimmy Kimmel.

Chapéu também era uma das assinaturas visuais de Keaton. Mais especificamente, a atriz era fã do chapéu-coco nas mais variadas cores.

Estilo único a transformou em ícone fashion. Ela também era fã de acessórios para a composição de seus looks, como cintos maximalistas, lenços, sobreposição e luvas.

A MORTE DE DIANE KEATON

A morte foi confirmada por um porta-voz da família de Diane à revista People. A causa do óbito, no entanto, não foi divulgada.

A família pediu respeito e privacidade nesse momento. Maiores detalhes sobre o velório não foram divulgados.

Seu primeiro destaque em Hollywood foi em “O Poderoso Chefão” (1972). Diane foi escolhida pelo diretor Francis Ford Coppola para interpretar Kay Adams, par romântico do protagonista Al Pacino. Ela retornou ao personagem nas sequências da franquia em “O Poderoso Chefão – Parte 2” (1974) e na Parte 3 (1990).

Keaton esteve em diversos filmes de Woody Allen. Ela estrelou longas do diretor como “Sonhos de um Sedutor” (1972), “O Dorminhoco” (1973) e “A última Noite de Boris Grushenko” (1975). Parceria longeva com Woody fez com que Diane defendesse o diretor das acusações de estupro. Em 2018, ela declarou lealdade ao cineasta, que sofria acusações de abuso sexual.

O Oscar veio em 1977, em um filme dirigido por Woody. Ela venceu a estatueta com a atuação no filme “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”.

Como atriz, seus outros trabalhos memoráveis foram: “Baby Boom” (1987), “O Pai da Noiva” (1991), “O Pai da Noiva – Parte 2” (1995), “O Clube das Desquitadas” (1996), entre outros.

Keaton também atuou como diretora no documentário “Heaven” (1987), e o filme “Hanging Up” (2000), e um episódio de Twin Peaks.

Diane Keaton deixou dois filhos adotivos, Dexter e Duke. A atriz optou por nunca se casar.