SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A dívida do Corinthians continua crescendo e chegou à casa dos R$ 2,7 bilhões, segundo o balancete de julho divulgado pelo clube nesta sexta-feira (10).
O QUE ACONTECEU
A dívida bruta total é de R$ 2.706,9 bihões. O valor cresceu em mais de R$ 100 milhões em relação ao balancete divulgado no final de 2024, quando o endividamento estava na casa dos R$ 2.568 bilhões.
Do total da dívida, R$ 2.055 bilhões são referentes às obrigações do clube como impostos, empréstimos e pendências em contratos, enquanto os outros R$ 655 milhões se referem ao pagamento pela Neo Química Arena.
O balancete mostra que, até julho, o Corinthians registrou um déficit de R$ 103 milhões em 2025. A previsão, segundo a revisão orçamentária aprovada na última segunda-feira, é de que o prejuízo do ano fique em R$ 83 milhões.
O departamento de futebol teve superávit de R$ 13 milhões até julho deste ano. O clube social, no entanto, apresentou déficit de R$ 26,5 milhões.
DO SUPERÁVIT AO DÉFICIT PREVISTO
A previsão orçamentária do Corinthians foi revisada e aprovada na última segunda-feira. Ela foi sugerida e tocada por Osmar Stabile e os demais membros da diretoria financeira após o presidente perceber diferenças em relação ao que foi previsto pela gestão de Augusto Melo no final do ano passado.
A antiga gestão previa um superávit de R$ 34 milhões ao término de 2025, mas a nova previsão projeta o déficit de R$ 83 milhões ao todo.
A mudança mais brusca no orçamento diz respeito às vendas de atletas. A antiga diretoria previu arrecadar R$ 180,5 milhões com repasses de jogadores, mas a atual contabilizou R$ 73,6 milhões, uma diferença de 59,2% a menos.
As despesas com pessoal, ou seja, salários, direitos de imagem e outros encargos trabalhistas também tiveram mudança significativa. O clube previa gastar R$ 345,8 milhões, mas a revisão mostra que deve ser de R$ 492,7 milhões. O novo valor mostra um gasto 42,5% maior.