Da Redação
O custo da cesta básica caiu em Goiânia pelo segundo mês consecutivo, acompanhando a tendência nacional de redução nos preços dos alimentos essenciais. Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a capital goiana está entre as 22 capitais brasileiras que registraram diminuição no valor do conjunto de produtos em setembro, em comparação com agosto.
De acordo com o estudo, apenas cinco capitais tiveram aumento no custo da cesta básica, enquanto as maiores reduções ocorreram em Fortaleza (-6,31%) e Palmas (-5,91%). A pesquisa passou a abranger todas as 27 capitais do país desde julho deste ano, ampliando o retrato sobre o custo de vida nas regiões brasileiras.
Entre janeiro e setembro de 2025, Goiânia apresentou uma queda acumulada de 3%, ficando entre as cinco capitais com maior recuo no valor da cesta. O resultado deixa a cidade logo atrás de Brasília, que teve redução de -3,15% no mesmo período. Em contraste, Recife (4,69%) e Porto Alegre (3,54%) registraram as maiores altas do país.
Mesmo com a tendência de queda geral, alguns itens apresentaram comportamento contrário. O preço da carne bovina de primeira subiu em 16 capitais, reflexo da menor oferta causada pela estiagem. Já o café em pó teve variação mista: caiu em 14 capitais, mas subiu em 13, influenciado pela alta do preço internacional e pela retração no consumo doméstico.
O levantamento também revelou que São Paulo manteve a cesta básica mais cara do Brasil, com custo médio de R$ 842,26 em setembro. A partir desse valor, o Dieese estima que o salário mínimo ideal para cobrir as despesas básicas de uma família de quatro pessoas seria de R$ 7.075,83, cerca de 4,6 vezes o mínimo em vigor, de R$ 1.518.
Com a retração dos preços, Goiânia reforça uma posição de destaque positiva no cenário econômico nacional, beneficiando especialmente as famílias de menor renda, que sentem de forma mais direta o impacto do custo dos alimentos no orçamento.