RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Na disputa pela sede dos Jogos Pan-Americanos de 2031, Rio de Janeiro e Niterói contam com apoio de nomes que marcaram época no esporte, e não apenas nas Américas. Maior medalhista olímpica da história do Brasil, a ginasta Rebeca Andrade estará em Santiago, no Chile, para apoiar a candidatura verde e amarela.
A comitiva brasileira tem ainda o reforço de sete ex-atletas que já subiram em pódios de Jogos Olímpicos, Paralímpicos e Pan. A rival é Assunção, capital do Paraguai. A escolha ocorre em evento nesta sexta-feira (10), às 10h (horário de Brasília), em evento realizado no Chile e que terá transmissão do Sportv e CazéTV.
REBECA COMO CABO ELEITORAL
Grande nome do esporte brasileiro na atualidade, Rebeca Andrade vai comparecer à votação. Anteriormente, ela já havia se envolvido na campanha em um vídeo que foi publicado nas redes sociais.
Em uma temporada que decidiu estar longe dos torneios, ela não estará no Mundial de Ginástica Artística que vai ocorrer na Indonésia, de 19 a 25 de outubro.
GESTÃO E APOIO DE MEDALHISTAS
O Brasil tem diversos ex-atletas que foram medalhistas olímpicos, envolvidos na gestão do esporte, e busca usar tal arma também para ganhar força nos bastidores em busca de votos. Um exemplo é Yane Marques. Bronze no pentatlo moderno nos Jogos de Londres-2012, ela é vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Na entidade, tem a companhia do diretor Emanuel Rego, que foi ouro em Atenas, prata em Londres e bronze em Pequim no vôlei de praia.
Integrante da famosa “Geração de prata” do vôlei brasileiro, Bernard Rajzman, que esteve no elenco que ficou na segunda colocação nos Jogos de Los Angeles-1984, é membro do Comitê Olímpico Internacional (COI).
A campanha ganhou o endosso ainda de Thiago Pereira, prata nos 400m medley em 2012 e maior medalhista brasileiro em Pan. O ex-nadador esteve em Assembleia em Assunção em agosto, quando Rio e Niterói apresentaram o projeto à Panam, e está também no Chile.
Bronze na vela em Pequim-2008, Isabel Swan é, atualmente, vice-prefeita de Niterói e presidente da comissão de atletas da Panam. Iziane, que foi bronze no Pan de Guadalajara, em 2011, é secretária nacional de Excelência Esportiva do Ministério do Esporte.
“O país vive um momento de grande articulação entre os diferentes níveis de governo para fortalecer o esporte e demonstrar nossa capacidade de realizar grandes eventos internacionais com excelência. A candidatura de Rio e Niterói simboliza não apenas o legado esportivo que o Brasil carrega desde os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, mas também o compromisso do governo do presidente Lula em promover o esporte como instrumento de integração, desenvolvimento e projeção internacional do país”, disse Iziane.
Yohansson Nascimento, vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), foi um velocista com ouro nos Jogos Paralímpicos de Londres, prata em Pequim, Londres e Rio, e bronze em Pequim e Rio, além de multimedalhista em Parapan.
VIRADA NOS BASTIDORES?
Rio e Niterói chegam ao Chile buscando uma virada. As cidades confirmaram a candidatura no início do ano, quando a rival Assunção já trabalhava no tema há mais tempo tinha perdido para a Lima a corrida por 2027. Em agosto, a cidade paraguaia recebeu os Jogos Pan-Americanos Júnior, e estreitou laços com a Panam.