SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A cozinheira Suênia Maria Tomé Bezerra, 51, que morreu no desabamento do mezanino do restaurante Jamile, em São Paulo, na quarta-feira (8), será enterrada em Monteiro, na Paraíba, sua cidade natal.

Ainda não há informações sobre a data do velório ou sepultamento.

Suênia, era conhecida carinhosamente como Mena, segundo a Prefeitura de Monteiro, que publicou nota de pesar pela morte.

“Suênia, com seu talento e sua força de vontade, estava em São Paulo lutando pelo bem estar de sua família e alcançou voos profissionais notáveis, chegando a fazer parte da equipe de um dos mais conceituados restaurantes paulistas”, traz nota conjunta da prefeita Ana Paula Oliveira Barbosa Morato e da ex-prefeita Anna Lorena Leite Nóbrega Lago.

“Gostaríamos de forma conjunta, em nome de toda a equipe da gestão municipal e em nome de todas as mulheres e mães de Monteiro, nos solidarizar com parentes e amigos desta monteirense guerreira, que nos deixa em virtude de tamanha fatalidade. Que Deus possa dar conforto a todos, neste momento de tamanha dor. Recebam toda a nossa solidariedade”, afirmaram na nota.

Além da funcionária, o desabamento da estrutura do restaurante deixou outras cinco pessoas feridas.

A estrutura cedeu quando o estabelecimento, que fica na rua 13 de Maio, região da Bela Vista, no centro de São Paulo, estava pronto para abrir, às 11h50, quando cerca de 20 funcionários estavam no local, mas sem clientes.

A Defesa Civil interditou o imóvel após identificar risco de colapso. O CLCB (Certificado de Licenciamento do Corpo de Bombeiros) do prédio consta como válido, e as licenças de funcionamento e sanitária estão regulares, disse a subprefeitura da Sé.

Suênia estava presa aos escombros e sofreu uma parada cardiorrespiratória. O corpo da vítima só foi retirado de dentro do restaurante, pelo IML (Instituto Médico Legal), às 18h15, mais de três horas depois do anúncio de sua morte, por volta das 15h.

Um homem também chegou a ficar sob a estrutura que cedeu, mas foi resgatado por volta das 15h e encaminhado ao Hospital das Clínicas. Ele tinha fraturas no corpo e estava consciente, afirmou o Corpo de Bombeiros.

Chef do Jamile, Henrique Fogaça disse nesta quarta que “manifesta sua solidariedade integral às vítimas e a seus familiares, reafirmando que sua principal preocupação neste momento é o bem-estar de todos os envolvidos e o acompanhamento da assistência necessária”.

O restaurante afirmou estar “inteiramente comprometido em oferecer todo o suporte necessário neste momento” e que colabora “com os órgãos públicos competentes para esclarecimento dos fatos”.

Ao todo, dez viaturas foram destacadas para atender a ocorrência, que contou também com a participação de 40 agentes do Corpo de Bombeiros. A Defesa Civil e o Samu também atuaram no resgate.