SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Mulher de Jihad al-Shamie, o homem que atacou pessoas em uma sinagoga em Manchester, na Inglaterra, disse que ele era “manipulador”, mas não mostrava sinais de extremismo.
“Ele não parecia radicalizado”, disse a mulher de Shamie. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, a mulher, que não se identificou, disse que ele era violento e manipulador.
Vivia colado em seu celular. Segundo a mulher, Jihad al-Shamie passava muito tempo no celular vendo canais de notícias árabes.
Eles eram casados desde 2021. Ela disse que o relacionamento foi conturbado e ela pediu divórcio, mas ele recusou. Ele tinha ao menos mais uma esposa, que o definiu como “intimidador, controlador e agressivo”.
Jihad al-Shamie era investigado por estupro. Segundo informações obtidas pelo Guardian, ele estava em liberdade condicional enquanto era investigado por este crime.
“Ele era terrorista o tempo todo ou estava gritando por socorro?”, questiona a primeira esposa. Ela levantou a hipótese de que o ataque tenha sido motivado pela suspeita de estupro. “Talvez [ele tenha feito isso por causa] da sua vida problemática, porque ele está enganando muita gente. Aparentemente, ele estava sendo acusado de estupro pela polícia. Há tantas perguntas.”
Polícia disse que ele alegou ligação com o Estado Islâmico. nesta quarta-feira (8), a polícia afirmou que Shamie ligou para os serviços de emergência logo antes do ataque à sinagoga e afirmou ter relação com o grupo terrorista. Ele, porém, não estava no radar por envolvimento com terrorismo.
Jihad al-Shamie atropelou e esfaqueou pessoas em frente a uma sinagoga. Duas pessoas morreram e três ficaram feridas em estado grave. Um dos mortos e um dos feridos foram atingidos por tiros da polícia. Shamie também foi morto pela polícia.