RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A candidatura de Rio de Janeiro/Niterói aposta no legado dos Jogos Olímpicos de 2016 como arma para vencer Assunção e ser eleita a sede do Pan de 2031. A escolha será nesta sexta-feira (10), em evento em Santiago, no Chile.
A visita técnica da Panam Sports organizadora do evento, realizada na última semana, começou pelo Parque Olímpico e passou por Copacabana, Deodoro e Niterói, regiões que vão receber eventos esportivos em caso de triunfo para 2031.
Um dos destaques no decorrer da visita ao Parque Olímpico foi a passagem pelo GEO Isabel Salgado, escola municipal que funciona no local, e o velódromo, que recebia treinamentos de ciclistas e atividades infantis, além de ser onde hoje funciona o Museu Olímpico.
Uma das coisas que quero destacar é o legado deixado pelos Jogos Pan-americanos de 2007 e os Jogos Olímpicos de 2016. Estamos muito impressionados como foram mantidos, como estão sendo utilizadas e reutilizadas cada uma das grandes instalações que foram feitas. Estivemos em locais que se transformaram em escolas, espaços para a comunidade. Esta é a grande lição que temos que tirar como organizações. A forma como converter o grande investimento na realização dos Jogos em benefícios para a juventude.Neven Ilic, presidente da Panam Sports
No dia seguinte, a comitiva percorreu as instalações do Parque Olímpico de Deodoro, que conta com locais para BMX, canoagem slalom, tiro, hóquei, hipismo, o Estádio de Deodoro e a Arena da Juventude.
Deodoro, inclusive, é onde treina Ana Sátila, que recentemente conquistou duas medalhas de bronze no Mundial de Canoagem Slalom.
O Parque Olímpico de Deodoro é uma prova viva do aproveitamento do legado do Rio 2016. Aqui conseguimos aliar a questão técnica de alto rendimento, com a canoagem slalom e o BMX, com a parte social, com a população fazendo escolinhas e frequentando as instalações. Talvez a população nunca tivesse contato com essas modalidades se não houvesse esse complexo esportivo.Marco La Porta, presidente do COB
O último dia de visitas aconteceu em Niterói. “Temos praticamente toda a infraestrutura esportiva pronta. Por isso, a nossa prioridade será um investimento ainda maior nos atletas para os próximos seis anos e alguns investimentos em infraestrutura de mobilidade”, destacou Rodrigo Neves, prefeito de Niterói.
O Brasil intensificou a campanha nas últimas semanas em busca de uma “virada”. Candidata há mais tempo, Assunção já vinha trabalhando nos bastidores muito antes de Rio e Niterói pesa também o fato de Camilo López ser presidente do comitê olímpico nacional desde 2011, enquanto La Porta foi eleito no ano passado para o primeiro mandato.
Vão votar na Assembleia Geral 41 Comitês Olímpicos dos países que participam dos Jogos Pan-Americanos. No total, são 53 votos, uma vez que o voto dos países que já sediaram os Jogos têm peso dobrado neste contexto estão Estados Unidos, Canadá, México, Cuba, Porto Rico, República Dominicana, Colômbia, Venezuela, Peru, Chile, Brasil e Argentina.
REBECA ANDRADE COMO COMO CABO ELEITORAL
Maior medalhista olímpica do Brasil, a ginasta Rebeca Andrade vai ao Chile para a votação da Panam. Ela já havia gravado um vídeo em apoio à candidatura de Rio/Niterói e, agora, acompanha a delegação verde e amarela.
A comitiva conta ainda com outros nomes históricos no esporte brasileiro, como o nadador Thiago Pereira, brasileiro com mais medalhas em Pan, e o medalhista olímpico do vôlei Bernard Rajzman, que é membro do Comitê Olímpico Internacional.
Ainda no hall de ex-atletas, a lista contra com Yane Marques, bronze no pentatlo moderno em 2012 e vice do COB, Emanuel Rego ouro olímpico no vôlei de praia e diretor geral do COB, e Iziane, bronze no Pan no basquete, e atualmente secretária nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte.
Marco La Porta, presidente do COB, Eduardo Paes e Rodrigo Neves, prefeitos de Rio e Niterói, respectivamente, vão marcar presença.