Da Redação

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, confirmou que pretende disputar a Presidência da República em 2026 pelo União Brasil, partido ao qual está filiado desde 2022. Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção nesta quarta-feira (8), o político negou qualquer possibilidade de mudança de legenda e afirmou ter total respaldo da sigla para seu projeto eleitoral.

“Devo ser o candidato do União Brasil em julho do ano que vem. Não há motivo para deixar o partido, tenho apoio interno e estrutura para seguir com a candidatura”, declarou Caiado.

Rumores e bastidores

Nos últimos dias, especulações sobre uma possível saída do governador do União Brasil ganharam força após informações de que ele estaria conversando com outras legendas, como Solidariedade, Podemos e PRD, em busca de maior espaço político.

Os rumores foram alimentados por uma entrevista do senador Ciro Nogueira (PP) — presidente do partido aliado do União Brasil na federação —, que afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria “apenas duas opções viáveis” para 2026: Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ratinho Jr. (PSD).

A fala de Nogueira gerou críticas dentro e fora do campo bolsonarista, sobretudo por ignorar nomes como Caiado e Romeu Zema, ambos cotados como alternativas competitivas no espectro da direita.

“União Brasil não é tutelado”

Em resposta, Caiado rebateu qualquer tentativa de interferência do PP nas decisões do União Brasil e reforçou a autonomia da legenda dentro da federação. “O União Brasil não é tutelado nem comandado por Ciro Nogueira. Essa ânsia dele de ser vice não afeta em nada minha posição partidária”, disse o governador.

Caiado ainda ressaltou que a estrutura política do partido está consolidada e que não há razão para buscar outro espaço. “O partido tem consciência de que sou o candidato e tem me dado respaldo. Estou firme no União Brasil, onde construí uma base sólida e coerente com o que defendo.”

Com a confirmação de sua pré-candidatura, Ronaldo Caiado se posiciona como um dos principais nomes da centro-direita na corrida presidencial de 2026, prometendo representar uma alternativa ao bolsonarismo tradicional e ao campo da esquerda liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.