Da Redação

Em meio ao clima de tensão nas relações econômicas entre Brasil e Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta segunda-feira (6), de uma videoconferência com o presidente norte-americano Donald Trump. O principal tema do encontro foi o chamado “tarifazo”, nome dado ao recente aumento de impostos sobre produtos brasileiros imposto por Washington.

A decisão do governo americano de retomar tarifas sobre o aço e o alumínio do Brasil provocou preocupação em Brasília, que teme impactos diretos na indústria nacional e nas exportações. Além desses itens, outros produtos também estão na mira das medidas protecionistas dos EUA.

Diplomacia em busca de trégua

A conversa entre os dois líderes é vista como uma tentativa de Lula de reaproximar os países e negociar uma solução diplomática para reduzir ou anular as tarifas. O governo brasileiro sustenta que as novas cobranças são injustas e contrariam acordos já firmados entre as duas nações.

De acordo com integrantes do Planalto, a estratégia brasileira é demonstrar que o país não pratica concorrência desleal e que as restrições impostas por Washington ameaçam o equilíbrio comercial bilateral, podendo resultar em retaliações econômicas.

Risco de guerra comercial

A manutenção das tarifas pode desencadear uma escalada de tensões comerciais, com reflexos em diversos setores da economia brasileira, especialmente na metalurgia e na exportação de commodities. Por isso, a reunião é considerada decisiva para tentar conter uma possível guerra tarifária.

Embora ainda não haja informações oficiais sobre resultados concretos, a expectativa do governo brasileiro é de que o diálogo direto com Trump abra caminho para um entendimento e evite perdas maiores para a indústria e o comércio exterior do país.