SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), criticou a reserva de uma vaga para aluno oriundo das regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste num programa de pós-graduação da Udesc (Universidade Estadual de Santa Catarina).
Em vídeo publicado no Instagram, ele diz ser errado uma instituição mantida com dinheiro do contribuinte catarinense “manter cota para quem é de fora”.
“Já vou avisando que não concordo. Nós não vamos aceitar esse absurdo”, segue Mello, que enviou um ofício ao reitor da universidade pedindo explicações sobre a política.
O edital citado pelo governador foi lançado em fevereiro deste ano e previa a seleção de alunos para a pós-graduação em música. Das dez vagas, apenas uma era exclusiva para candidatos do Nordeste, Norte e do Centro-Oeste.
Com relação às vagas para os demais públicos, quatro eram destinadas para a ampla concorrência, três para pretos e pardos, e dois para indígenas, quilombola, transsexuais e pessoas com deficiência.
Em nota, a Udesc explicou que a cota foi decisão do próprio programa de pós-graduação em música e que a prática não corresponde a uma política institucional nem deverá constar em futuros processos seletivos.
A reitoria afirma que todas as suas políticas de inclusão seguirão a legislação vigente sobre o assunto, bem como os parâmetros constitucionais de igualdade de oportunidades.
“É importante reforçar que a Udesc é, essencialmente, uma universidade catarinense: dos mais de 12 mil alunos matriculados, cerca de 67% nasceram em Santa Catarina e, quando considerados também os residentes no estado, esse percentual se aproxima de 80%. Portanto, 4 em cada 5 estudantes da universidade são catarinenses”, diz a instituição.