SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou nesta quarta-feira (8) que a Justiça autorizou a destruição de todo o material apreendido em operações de combate à adulteração de bebidas no contexto da crise do metanol.

Tarcísio deu a declaração durante visita às obras da Linha 17-Ouro do Metrô, em São Paulo. Segundo o governador, foi obtida autorização para destruir cerca de 100 mil garrafas encontradas em um depósito no centro da cidade.

“A gente obteve hoje na Justiça autorização para fazer a destruição de todo esse material que foi apreendido, de todas essas garrafas”, disse.

O governador explica que o descarte será feito por meio de empresas de reciclagem, com o objetivo de “garantir a logística reversa” do material.

Tarcísio afirmou que o governo estadual fez reuniões com comércios afetados pela crise. “Continuamos as reuniões dos nossos grupos de trabalho. Hoje a gente teve uma reunião com setores de bares e restaurantes, e estão sendo levantadas várias sugestões”, disse.

O foco, segundo ele, vai além do enfrentamento imediato da crise. “Estamos pensando em como resolver estruturalmente, de forma que seja efetiva ao longo do tempo”, completou.

Tarcísio não respondeu a questionamento sobre as declarações do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que afirmou nesta terça-feira (7) que a Polícia Federal investigava a possibilidade de o metanol usado na adulteração de bebidas ter sido abandonado após operação contra envolvimento do crime organizado em postos de combustível.

Já o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que também participava da agenda, disse não estar informado sobre a aprovação de uma CPI do Metanol na Câmara Muncipal de São Paulo.