SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Meninos que foram trocados na maternidade do Hospital da Mulher de Inhumas, em Goiás, foram nesta terça-feira (07) para as casas dos pais biológicos.
As famílias entraram em acordo para desfazer a troca das crianças, e o juiz validou a decisão. Os casais prepararam os filhos para a mudança. nesta terça-feira (07), um dos pais biológicos buscou seu filho na escola.
Nos fins de semana, famílias vão compartilhar o convívio com as crianças. Segundo o advogado das famílias, Kuniyoshi Watanabe, em um final de semana as duas crianças ficam com um dos casais. No seguinte, com a outra família. No terceiro fim de semana, cada criança fica com seus pais biológicos.
Processo das famílias contra o hospital continua em andamento. Segundo Watanabe, ainda falta a audiência de instrução e julgamento para definição das provas. Depois, haverá o prazo para as alegações finais e, por fim, a sentença. “Todas as medidas estão sendo tomadas de forma ética e técnica, com foco na proteção da criança, no esclarecimento dos fatos e no respeito ao sigilo”, diz a defesa.
ENTENDA O CASO
Os meninos que nasceram no dia 15 de outubro de 2021, foram trocados no Hospital da Mulher de Inhumas, em Goiás. As famílias se conheceram na maternidade, mas a descoberta sobre a troca só aconteceu em outubro de 2024, quando as crianças já tinham completado três anos.
Famílias planejam criar as crianças como irmãos. Guilherme e Isamara pensam em se mudar para perto da casa de Yasmin para que os meninos possam ter maior convivência, afirmou o casal, à época, ao programa Encontro, da TV Globo.
Teste de DNA em uma das crianças foi o que iniciou a desconfiança. O ex-marido de Yasmin da Silva pediu o exame após a separação. Mãe, pai e bebê fizeram o exame e o resultado mostrou que nenhum dos três tinha laços sanguíneos. Após o resultado, o casal procurou a família que conheceu na maternidade, que também fez o teste com o próprio filho. O exame do segundo casal também deu negativo.
Hospital não se manifesta. Contatado pelo UOL em dezembro do ano passado, o Hospital da Mulher de Inhumas disse por meio de sua assessoria jurídica que não falaria sobre o assunto por ser um caso que envolve crianças.