SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Reag Capital Holding informou, na noite de terça-feira (7), que teve o fechamento de seu capital aprovado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) em meio aos desdobramentos da Operação Carbono Oculto, que investiga o envolvimento do PCC (Primeiro Comando da Capital) na economia formal.
A companhia, fundada pelo empresário João Carlos Mansur, teve o cancelamento do registro de emissor na categoria B (que emite valores mobiliários, exceto ações) aprovado pela CVM. A medida tem efeito imediato, e a holding deixa de ter negócios na Bolsa.
“O cancelamento seguiu o atendimento às condições legais e regulamentares exigidas, inclusive aquelas definidas pela CVM para a extinção voluntária do registro como companhia emissora”, afirmou a Reag em fato relevante.
“Nesse sentido, em razão do Cancelamento de Registro, a Companhia, a partir da presente data, passa a ser uma companhia fechada, não havendo alteração na sua composição acionária.”
A Reag está entre os 350 alvos da operação Carbono Oculto, deflagrada pela Polícia Federal em agosto. Desde então, a companhia tem passado por uma reestruturação, com venda de ativos e a saída de Mansur dos negócios.
Os acionistas aprovaram o pedido de fechamento de capital em assembleia no dia 22 de setembro. À época, a companhia justificou a decisão como uma estratégia de “simplificação societária e de foco nos negócios em que a companhia possui maior diferencial competitivo”, segundo informou em nota.
“Após a venda da Reag Investimentos (REAG3) para a Arandu e no acordo iniciado da Ciabrasf (ADMF3) com a Planner, deixou de fazer sentido a manutenção do registro de companhia aberta.” A Ciabrasf e a Reag Investientos eram os maiores negócios da holding.