BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (8), uma operação em todos os estados e DF para identificar e prender criminosos envolvidos em crimes de abuso sexual de crianças e adolescentes praticados principalmente pela internet. Foram presas ao menos 49 pessoas, e duas vítimas foram resgatadas.

A chamada Operação Nacional Proteção Integral 3 cumpriu 182 mandados de busca e apreensão e teve duas apreensões de menores. A operação contou com o apoio das polícias civis.

As duas crianças resgatadas durante a operação, segundo a coordenadora de Combate a Crimes Cibernéticos Relacionados ao Abuso Sexual Infantojuvenil da PF, Rafaella Parca, estavam em poder de abusadores.

Os policiais idenfiticaram que elas foram retratadas em imagens de cunho sexual que estavam em posse dos abusadores, quando as residências foram invadidas nas operações desta quarta.

“Fizemos cessar aquela situação de violência que estava em andamento. Se não fosse a gente entrando nessa casa, essa criança continuaria sendo violentada”, disse.

Participaram da ação 617 policiais federais e 273 policiais civis dos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

De acordo com a PF, a operação demonstra os esforços para o combate aos crimes cibernéticos que violam a dignidade sexual de crianças e adolescentes e dá continuidade às edições anteriores, deflagradas em março e maio deste ano.

Entre janeiro e setembro, a Polícia Federal cumpriu cerca de 1.630 mandados de prisão de foragidos condenados por crimes sexuais.

O órgão ainda divulgou, sem seu comunicado, um alerta a pais e responsáveis sobre a importância de acompanhar e orientar o uso da internet por crianças e adolescentes, conversando abertamente sobre riscos e ensinando como agir diante de contatos inadequados em ambientes virtuais.

“A prevenção e a informação são as ferramentas mais eficazes para garantir a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes”, disse.