SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Duas lesões graves nos joelhos quase fizeram Éder Militão optar por se aposentar do futebol. O zagueiro do Real Madrid e da seleção brasileira destacou, nesta quarta-feira (8), a volta ao “grande nível” após “dois anos difíceis”.
Na segunda lesão, passaram muitas coisas pela minha cabeça. Pensei em parar de jogar bola, porque não é fácil, mas com a ajuda da minha esposa, da minha filha e dos companheiros, nesta quarta-feira (08) estou aqui para jogar bem. Éder Militão, que integra a seleção brasileira para amistosos contra Coreia do Sul e Japão
Foram dois anos difíceis, com duas lesões muito complicadas. Acaba que a segunda você encara de outra forma por já saber do processo. Não é uma coisa fácil de lidar. Tem que estar muito apegado a família, a Deus… É algo que te tira rotina, do que você está acostumado a fazer, a treinar. De repente, você fica em casa dependendo de uma ajuda, de alguém fazer as coisas para você. Graças a Deus, me recuperei das lesões, voltei ao grande nível, o que não é fácil.
Recuperado, o zagueiro quer se firmar na seleção e conta com o bom relacionamento com o velho conhecido Carlo Ancelotti. Militão foi treinador pelo italiano durante a passagem deste pelo Real Madrid.
A convivência que já tive com ele acaba ajudando um pouco pela relação. Conversamos bastante, e é um cara que vem agregar não só para mim, mas para toda a Seleção. É uma pessoa incrível, com uma grande muito grande por tudo o que já conquistou, e depende de mim fazer bem pelo meu clube para me firmar na seleção.
AS LESÕES DE MILITÃO
O zagueiro sofreu uma ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo em agosto de 2023 e passou 232 dias parado. Ele voltou aos gramados em abril do ano seguinte.
Em novembro do ano passado, teve uma lesão semelhante, mas no joelho direito. Militão foi diagnosticado com uma ruptura completa do ligamento cruzado anterior com lesão em ambos os meniscos do joelho da perna direita.
O defensor passou outro longo período longe dos gramados, retornando apenas na Copa do Mundo de Clubes de 2025. Foram aproximadamente oito meses de recuperação.