SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Perto da estreia de “Três Graças”, próxima novela das nove da Globo, Aguinaldo Silva, 80, comentou sobre as comparações inevitáveis com “Vale Tudo”, que encerra sua exibição no próximo dia 17.
O autor, no entanto, garante que não sente o peso de suceder um dos maiores clássicos da televisão brasileira e acredita que o público está sempre disposto a abraçar novas tramas.
“Vale Tudo foi uma novela incrível, nas duas versões, tanto a original quanto o remake. Mas o telespectador quer ver a novela que está começando. Quando uma acaba, ele embarca na próxima e vira a página”, afirmou Aguinaldo, que retorna ao horário nobre com uma história centrada em três gerações de mulheres.
O autor explica que encara cada novela como uma obra viva, que se transforma conforme o público reage. “A novela é uma obra aberta. Se eu percebo que o público não gostou de algo, eu mudo. O espectador é o verdadeiro autor -ele escreve a versão final”, disse. “Eu ouço as pessoas, no supermercado, na rua, em qualquer lugar. Isso faz parte do processo de escrever.”
Mesmo acompanhando os comentários nas redes sociais, Aguinaldo afirma que prefere sentir o termômetro das ruas. “As redes são importantes, mas nelas as pessoas são mais duras, porque é isso que gera engajamento. Já nas conversas do dia a dia, vem a sinceridade, sem filtro”, observou.
Com estreia marcada para 20 de outubro, “Três Graças” narra a trajetória de três mães solos -Lígia (Dira Paes), Gerluce (Sophie Charlotte) e Joélly (Alana Cabral)- unidas por laços familiares e por histórias de força, humor e superação. A trama promete misturar crítica social e leveza, marcas do estilo de Aguinaldo Silva.