RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Petrobras informou nesta terça-feira (7) que começou a produzir em larga escala asfalto com conteúdo renovável, como parte de sua estratégia de ampliar o uso de óleos vegetais em sua produção de derivados de petróleo.

Na primeira semana de outubro, foram produzidas 3.000 toneladas do novo produto, que combina correntes minerais com componentes de base vegetal, na Refinaria Henrique Lage, em São José dos Campos (SP).

“A produção de asfalto com conteúdo renovável demonstra, mais uma vez, o pioneirismo da Petrobras”, disse, em nota, o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França. “Promovemos ganhos sociais e ambientais efetivos, porque acreditamos que uma transição energética justa e responsável é possível e necessária.”

Segundo a empresa, o produto, chamado de CAP Pro R, tem em sua composição um óleo de origem vegetal com características específicas que lhe conferem propriedades adequadas para pavimentação e industrialização, além de grande sinergia com o refino de petróleos nacionais.

Foi testado pelo Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras, no Rio de Janeiro, e aplicado em vias da Cidade Universitária da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro, na zona norte da capital fluminense.

O mercado brasileiro de asfaltos vem registrando forte crescimento nos últimos anos, chegando a 3,1 milhões de toneladas em 2024, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

A Petrobras é a principal fornecedora do produto e já vinha colocando no mercado linhas com pegada mais sustentável, que demandam menos aquecimento na aplicação ou feitos com componentes reciclados.

“Estamos proporcionando resultados efetivos para o setor de pavimentação, oferecendo uma alternativa viável mais sustentável e que se insere no compromisso da Petrobras com a transição energética justa”, afirmou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da estatal, Claudio Schlosser.

A empresa é questionada por organizações ambientalistas por ter abandonado planos de investimentos em energias renováveis.

A Petrobras vem apostando no maior uso de óleos vegetais em sua estratégia de transição energética. Nesse sentido, já vende combustível de navegação com 24% de biodiesel e um diesel produzido em refinarias com 5% de óleos vegetais.