RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A passagem ainda curta de Samuel Lino pelo Flamengo tem sido intensa. Apresentado oficialmente dia 1º de agosto, o atacante vive uma montanha-russa de emoções que contam com uma convocação inédita para a seleção brasileira, mas também um pênalti perdido na eliminação na Copa do Brasil e um protesto em ato de vandalismo na sede da Gávea.

“PELADEIRO”

O muro do clube foi pichado após a derrota do Flamengo para o Bahia por 1 a 0, no último domingo, que fez com que a equipe perdesse a liderança do Campeonato Brasileiro para o Palmeiras.

Uma das críticas foi direcionada ao atacante: “$. Lino peladeiro”. A outra frase era para o presidente rubro-negro, Luiz Eduardo Baptista, o Bap: “Bap omisso”.

Samuel Lino tem sido criticado pela torcida do Flamengo. Contra o Bahia, ele perdeu uma boa oportunidade pouco antes do Tricolor abrir o placar. Já diante do Cruzeiro, no Maracanã, foi substituído sob algumas vaias.

No início de agosto, ele também foi um dos jogadores do Fla que perderam pênalti na eliminação para o Atlético-MG nas oitavas de final da Copa do Brasil. O outro que desperdiçou foi o jovem Wallace Yan.

PRIMEIRA CONVOCAÇÃO DA CARREIRA

No dia 30 de agosto, Samuel Lino foi convocado pela primeira vez para a seleção brasileira principal. O técnico Carlo Ancelotti o chamou após o corte de Matheus Cunha, do Manchester United (ING), que se lesionou.

A convocação foi para os jogos contra Chile e Bolívia pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O atacante ficou no banco e não entrou contra os chilenos, no Maracanã. Já diante dos bolivianos, em El Alto (BOL), foi titular e atuou por 61 minutos sem fazer gols.

CONTRATAÇÃO MAIS CARA DA HISTÓRIA DO FLAMENGO

Lino é a contratação mais cara da história do Rubro-Negro. Ele foi contratado em julho — junto ao Atlético de Madri — em negociação que girou em cerca de 22 milhões de euros (R$ 143 milhões, na cotação atual), mais três milhões de euros (R$ 19,5 milhões) em bônus por metas.

Após o jogo contra o Bahia, o técnico Filipe Luís, que é entusiasta do atacante, manteve a confiança em seu futebol.

Difícil julgar com um a menos desde os 15 minutos do primeiro tempo. Ele teve que ajudar muito o Ayrton na lateral com um jogador a menos, e claro que às vezes perde as forças para poder atacar. E mesmo assim, conseguiu fazer suas jogadas e criar chances. Às vezes, a linha é muito fina entre fazer o gol e não fazer. Infelizmente, ele não fez. Depois, acabamos tomando nosso gol. Confio muito nele, a gente sabe a qualidade que tem, o talento e o quanto se esforça. Não dá para culparFilipe Luís