SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Prefeitura de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, confirmou nesta segunda-feira (6) a morte de Bruna Araújo de Souza, 30, em decorrência de intoxicação por metanol. Este é o único caso confirmado de intoxicação pela substância no município até o momento.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Bruna estava internada no Hospital de Clínicas e teve o protocolo de cuidados paliativos adotado pela equipe médica em conjunto com a família. A administração municipal afirmou que a paciente recebeu “a melhor assistência possível” e manifestou solidariedade aos familiares e amigos. Não foi divulgado quanto tempo ela ficou internada.
Com o novo registro, São Bernardo soma seis mortes sob suspeita de intoxicação por metanol –cinco de homens e uma de mulher. Além de Bruna, as vítimas são homens, com óbitos ocorridos de 18 de setembro a 2 de outubro. Todos os casos estão sendo analisados pelo Instituto Médico Legal (IML) para confirmação da causa.
Até esta segunda-feira, a vigilância epidemiológica do município contabilizava 78 notificações de suspeita de contaminação, das quais 72 pessoas receberam atendimento na rede pública e privada de saúde e 13 continuam internadas. Outros 53 pacientes foram liberados após atendimento, e seis procuraram hospitais particulares.
O Ministério da Saúde afirma também que há 17 casos confirmados e 200 em investigação de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas no país. O estado de São Paulo concentra a maior parte das notificações, com 164 casos em investigação e 15 confirmados, com seis mortes sob análise.
O ministro da saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o SUS tem estoque suficiente de etanol farmacêutico, usado no tratamento, além da importação de 2.500 frascos de fomepizol –outro antídoto contra o metanol.
As autoridades de saúde recomendam evitar o consumo de bebidas destiladas sem procedência e procurar atendimento médico imediato em caso de sintomas como dor abdominal, tontura e confusão mental, especialmente nas primeiras seis horas após o consumo.