SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A gestora Vinci Compass anunciou nesta segunda-feira (6) a compra de 50,1% da Verde Asset Management, gestora de Luis Stuhlberger. O pagamento será de R$ 46,8 milhões combinado a 3,1 milhões de ações da Vinci, dividido em duas parcelas, a primeira de R$ 32,4 milhões e, em dois anos, os R$ 14,4 milhões restantes.
Os demais 49,9% também serão adquiridos pela Vinci em cinco anos, envolvendo ações e/ou dinheiro, com um valor total estimado em R$ 127,4 milhões.
Stuhlberger será sócio da Vinci e continuará com suas atuais funções de CEO e de gestor de estratégia na Verde. Os principais executivos da Verde também se juntarão à Vinci Compass como sócios, e as ações recebidas na transação estarão sujeitas a bloqueios com liberações parciais ao longo de um período de cinco anos.
A Verde se tornou famosa pelo fundo multimercado Verde, que acumula ganhos de mais de 29.000% desde sua criação, em 1997.
“Essa parceria estratégica amplia nossa capacidade de oferecer soluções completas e resultados consistentes. A expertise da Verde em gestão de fundos multimercado, de previdência, de ações e de crédito, juntamente com a plataforma diversificada e a distribuição pan-regional da Vinci Compass resulta em uma união capaz de potencializar ainda mais atributos inerentes ao nosso DNA como inovação, eficiência e geração de valor para nossos clientes”, afirmou a Verde.
A gestora de Stuhlberger tem R$ 16 bilhões sob gestão, que serão incorporados à Vinci, que tem um portfólio de R$ 305 bilhões.
“É uma honra receber Luis Stuhlberger como sócio da Vinci Compass, uma figura definidora nos mercados brasileiros e uma das vozes mais influentes e confiáveis do país em alocação de ativos. Sua liderança, juntamente com a comprovada equipe de gestão da Verde e seu histórico estelar, se juntará a nós em suas funções atuais e continuará a gerir os fundos da Verde sob uma estrutura de governança de investimento independente”, disse Alessandro Horta, CEO da Vinci Compass, em comunicado.
A transação vem em meio a um período adverso para a indústria de fundos brasileira, dada a Selic a 15% ao ano.