Da Redação

O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) de Goiás conseguiu, na tarde de sexta-feira (3), 27 ampolas do antídoto usado no tratamento de intoxicação por metanol. O material foi rapidamente encaminhado para os hospitais de Formosa e Uruaçu, onde pacientes apresentaram sintomas compatíveis com o envenenamento químico. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, os casos atendem aos critérios definidos pelo Ministério da Saúde para serem considerados suspeitos.

No sábado (4), o Ministério da Saúde iniciou a distribuição emergencial de etanol farmacêutico — substância que age como antídoto em casos de intoxicação — para estados que solicitaram reforço de estoque. Ao todo, 580 ampolas foram enviadas em uma primeira remessa: 240 para Pernambuco, 100 para o Paraná, 90 para a Bahia, 90 para o Distrito Federal e 60 para Mato Grosso do Sul.

Durante coletiva, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou que o governo federal vai ampliar o estoque nacional com a compra de 12 mil novas unidades de etanol farmacêutico e 2,5 mil frascos de fomepizol, outro medicamento utilizado no tratamento. “Estamos acompanhando os casos em tempo real e garantindo o envio dos antídotos necessários, além de suporte técnico às equipes locais”, afirmou Padilha.

Até a tarde de sábado, o Ministério da Saúde registrava 14 casos confirmados e 181 em investigação de intoxicação por metanol em todo o país. O número de mortes chegou a 13 — uma confirmada e 12 ainda sob análise. Em Goiás, dois casos seguem em apuração: um em Formosa e outro em Itapaci.

As autoridades de saúde reforçam o alerta para que a população evite o consumo de bebidas de origem desconhecida, uma vez que o metanol, substância altamente tóxica, pode estar presente em produtos clandestinos ou adulterados.