SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, disse nesta segunda (6) que a principal linha de investigação para os casos de intoxicação por metanol é o uso da substância tóxica na produção de bebidas falsas.

Uma hipótese anteriormente levantada, de que criminosos teriam usado metanol para lavar garrafas, não foi totalmente descartada, mas não segue mais como principal linha de investigação.

“A principal suspeita da Polícia Civil é que, durante o processo de adulteração, o etanol que está sendo utilizado para fazer a adulteração em produções clandestinas seja um etanol de baixa qualidade, que já vem contaminado com etanol”, afirmou Derrite durante entrevista coletiva concedida no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O secretário disse que não se sabe qual é a procedência do suposto etanol contaminado, já que é fácil adquirir o produto, em locais como postos de combustível e “até na internet”.

Segundo Tarcísio, 20 pessoas já foram presas por suspeita de envolvimento em adulteração de bebidas.

Os presos não têm relação entre si, acrescentou Derrite, e a polícia também descartou a ligação do caso com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). “Os presos não possuem relação entre si, nem com a facção”, afirmou o secretário.

16 CASOS CONFIRMADOS NO PAÍS

O Ministério da Saúde informou neste domingo (5) que já são 16 os casos confirmados de intoxicação por metanol no país. Outros 209 seguem em investigação.

O estado de São Saulo concentra a maioria das notificações: 192, sendo 14 casos confirmados e 178 em investigação.

Esses casos foram registrados em 12 estados –Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rondônia, São Paulo, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará– além do Distrito Federal.

Os casos suspeitos notificados na Bahia e no Espírito Santo foram descartados, disse o Ministério da Saúde.