SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Secretaria Municipal da Saúde de Marília, no interior de São Paulo, investiga a morte de uma bebê, de cerca de um ano, por suspeita de sarampo. A possibilidade de o óbito ter sido causado por arboviroses ou meningite também não é descartada. No total, o município investiga 40 casos por suspeita de sarampo.
Em nota, a Prefeitura de Marília afirmou que todas as unidades de saúde estão abastecidas e prontas para atender a população. A cobertura vacinal atual é de 86,7% para a primeira dose (sarampo, caxumba e rubéola) e 73,48% para a segunda (tetraviral, que inclui varicela). A meta almejada é de 95%.
A Secretaria da Educação de Marília disse que suspendeu as aulas nesta segunda-feira (6) na sala onde o bebê que morreu estudava. O objetivo é prevenir os demais colegas de classe. As atividades retornarão na terça-feira (7). O restante da escola funciona normalmente.
Em abril deste ano, o estado de São Paulo registrou o primeiro e único caso de sarampo de 2025. O paciente é um homem de 31 anos que mora na capital paulista. Ele não precisou ser internado.
Em novembro de 2024, a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) recertificou o Brasil como país livre da circulação dos vírus de sarampo, rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita.
O primeiro certificado por erradicação do sarampo recebido pelo país foi entregue em 2016, mas perdido em 2018 após fatores como fluxo migratório de países vizinhos, reintrodução do vírus no Brasil e novos surtos da doença. No período, foram registrados 39.779 casos.
Em 2025, até o momento, o Brasil tem 29 casos confirmados de sarampo. Tocantins concentra a maioria deles (23).
O sarampo é uma doença viral contagiosa, transmitida pelo ar, através da fala, tosse ou espirros. Uma pessoa infectada pode transmitir para até 18 pessoas que não estejam vacinadas. Os principais sintomas são febre alta, manchas vermelhas pelo corpo, tosse, coriza e conjuntivite.
VACINA É PRINCIPAL FORMA DE PREVENÇÃO
O esquema vacinal recomendado pelo Ministério da Saúde prevê duas doses: a primeira aos 12 meses de idade, com a vacina tríplice viral, e a segunda aos 15 meses, com a tetraviral. A cobertura almejada é de pelo menos 95% da população.
Pessoas de 1 a 29 anos devem ter duas doses da tríplice viral, enquanto adultos de 30 a 59 anos devem ter pelo menos uma. Profissionais de saúde precisam comprovar duas doses independentemente da idade. Em situações de surto, crianças de 6 a 11 meses podem receber a dose zero.
Em São Paulo, as vacinas estão disponíveis nas UBSs (unidades básicas de saúde) de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. Aos sábados, a vacinação ocorre nas unidades de Assistência Médica Ambulatorial integradas às UBSs, no mesmo horário.