SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os 13 brasileiros que foram detidos por Israel após a interceptação da flotilha Global Sumud, que pretendia chegar a Gaza e furar o bloqueio imposto por Tel Aviv, seguem na prisão de Ktzi’ot, no deserto de Negev, perto da fronteira com o Egito. Quatro deles estão em greve de fome.

A flotilha era composta por 41 barcos e mais de 400 pessoas de diversas nacionalidades.

Thiago Ávila, detido por Israel na empreitada anterior do grupo em maio, estava novamente entre os tripulantes. Além dele, fazem parte do grupo a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), a vereadora Mariana Conti (Psol), de Campinas, assim como a presidente do partido no Rio Grande do Sul, Gabrielle Tolotti. Também há outros militantes pró-Palestina e sindicalistas como Magno de Carvalho Costa, histórico dirigente do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP).

Veja, abaixo, a lista de quem são os 13 brasileiros detidos em Israel.

1.Ariadne Telles: Advogada e militante do Movimento Bem Viver.

2. Bruno Gilga Rocha: Funcionário da área administrativa da Universidade de São Paulo e atuante no Sindicato dos Trabalhadores da USP. Está atualmente de licença.

3. Gabrielle Tolotti: Presidente do Psol-RS.

4. João Aguiar: Ativista do movimento global para Gaza e Núcleo Palestina do PT-SP.

5. Lisiane Proença: Comunicadora popular de causas socioambientais.

6. Lucas Farias Gusmão: Ativista e internacionalista.

7. Luizianne Lins: Deputada federal pelo PT (CE).

8. Magno Carvalho Costa: Integrante da Executiva nacional da CSP-Conlutas e diretor do Sindicado dos Trabalhadores da USP.

9. Mariana Conti: Vereadora do Psol em Campinas.

10. Mansur Peixoto: Criador e administrador do projeto História Islâmica.

11. Miguel de Castro: ativista e cineasta.

12. Mohamad El Kadri: Médico e coordenador do Fórum Latino Palestino.

13. Thiago Ávila: Internacionalista e ativista socioambiental. Esteve na flotilha anterior, quando também foi detido por Israel.

O Itamaraty não divulgou a identidade dos detidos, mas a flotilha havia tornado pública uma lista de 15 nomes de brasileiros que participavam da missão. A diferença se explica porque o fotojornalista Hassan Massoud não foi detido, já que estava a bordo do barco Shein, com advogados e membros da imprensa, que não entrou na zona de risco de interceptação.

Já Nicolas Calabrese, militante do Psol, apesar de viver no Brasil há mais de dez anos, nasceu na Argentina e tem cidadania italiana. Por isso, sua passagem para a Turquia, a primeira parada após a saída da prisão, foi custeada pelo consulado da Itália em Israel, segundo a organização Adalah, que oferece assistência jurídica aos detidos.

Ele pediu em entrevista à Folha de S.Paulo que o governo brasileiro adote uma postura mais firme para libertar os integrantes da missão detidos por Tel Aviv.