SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil de São Paulo prendeu mais um suspeito de envolvimento na morte de Dr. Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral do estado.
O anúncio foi feito por Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública, em rede social, na manhã desta segunda-feira (6).
O suspeito foi identificado como Felipe Avelino da Silva, conhecido como Mascherano.
Segundo Derrite, a prisão ocorreu na cidade de Cotia, na Grande São Paulo.
“Mascherano, um dos criminosos envolvidos na morte do ex-delegado-geral Dr. Ruy Ferraz Fontes, foi preso pela Polícia Civil em Cotia, após um intenso trabalho de inteligência em campo. A resposta do Estado é clara: quem atenta contra a ordem em São Paulo será caçado”, afirmou Derrite.
O policial, que atuava como secretário de Administração de Praia Grande, na Baixada Santista, foi assassinado a tiros de fuzil no dia 15 de setembro.
Na semana passada, a polícia realizou na semana passada diligências de busca e apreensão contra cinco funcionários da prefeitura, o que resultou no pedido de exoneração do subsecretário de Gestão e Tecnologia, Sandro Rogério Pardini, 60, alvo de mandado na última segunda-feira (29). O pedido foi publicado na sexta-feira (3) no Diário Oficial do município.
Por enquanto, eles não são considerados suspeitos, apenas investigados.
A Polícia Civil apura se a morte foi uma represália ao trabalho que Ruy vinha fazendo na prefeitura -ele era secretário de Administração do município- ou se está ligada ao seu passado de atuação contra o crime organizado, quando foi o primeiro a investigar o PCC (Primeiro Comando da Capital).
Oito pessoas suspeitas de participação direta ou indireta na morte já foram identificadas e tiveram a prisão decretada pela Justiça. Cinco delas estão presas, e duas, foragidas, além de Umberto Alberto Gomes, 39, que foi morto em confronto com a polícia.
A ação contra Pardini foi em um imóvel dele no litoral paulista. O subsecretário estava na residência. Procurada, a defesa afirmou que ele “nega veementemente toda e qualquer participação, seja ela direta ou indireta”.
Em nota à reportagem, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) confirmou que a Polícia Civil, por meio do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), continua investigações do caso.
“Na última semana foi realizada uma ação com o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Praia Grande. Os detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial”, afirmou a SSP.
Também em nota à reportagem, a Prefeitura de Praia Grande confirmou o pedido de exoneração de Pardini. “Na solicitação, justificou a decisão como necessária para dedicar atenção integral à sua família que está profundamente abalada pelos recentes acontecimentos. O servidor também declarou que, uma vez concluídas as investigações e comprovada sua inocência, permanecerá à disposição da Administração Municipal e do interesse público”, destacou a gestão municipal.
A defesa de Pardini também enfatizou que o pedido foi feito única e exclusivamente para que ele consiga concentrar seus esforços na sua defesa e nos cuidados com a família.
“Sandro jamais passou por qualquer evento semelhante e também está assustado em estar vivendo tudo isso sabendo da sua inocência. Estamos em contato com as autoridades policiais para prestar todos os esclarecimentos que forem pertinentes. Acreditamos que com as análises vindouras o Sandro possa retomar sua vida profissional e pessoal”, disse a defesa.