RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (3) o décimo suspeito de envolvimento num arrastão em um edifício de alto padrão no centro de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), ocorrido no último dia 24.
A investigação aponta que os assaltos em seis apartamentos do edifício Jatiúca renderam cerca de R$ 4 milhões à quadrilha, entre dinheiro, smartphones, eletrônicos e joias.
O suspeito estava escondido no conjunto habitacional João Rossi, na zona sul da cidade, e, segundo a polícia, foi um dos criminosos que renderam na manhã daquele dia os moradores do edifício de 14 andares para entrar nos apartamentos e efetuar os roubos. Ele foi detido com cerca de R$ 10 mil.
Para não serem reconhecidos, os assaltantes utilizaram balaclavas (espécie de máscara que cobre a cabeça, pescoço e, em alguns casos, parte do rosto, comum no automobilismo) e perucas e contaram com uma logística que incluiu alugar um apartamento no nono andar do prédio duas semanas antes do crime, com documentos falsos. O edifício fica na rua Campos Salles e tem unidades com mais de 400 metros quadrados.
Seis suspeitos de envolvimento foram presos até o dia seguinte ao crime, dois em Ribeirão Preto e quatro em Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo.
No dia 27, o Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Ribeirão já tinha prendido outro suspeito no mesmo conjunto habitacional e, dois dias depois, o oitavo suspeito foi preso na capital.
O nono envolvido, segundo o delegado responsável pelo caso, André Baldochi, do Deic, foi encontrado dirigindo um veículo Nivus e preso no cruzamento das avenidas Francisco Junqueira e Plínio de Castro Prado, região altamente movimentada de Ribeirão.
Baldochi afirmou que a logística adotada pela quadrilha demonstra que era uma organização forte, com pelo menos três núcleos de operações -financeiro, logístico e operacional.
O primeiro fazia as movimentações bancárias, recebia os valores extorquidos via Pix das vítimas no edifício e pagava a operação logística da quadrilha, enquanto o segundo núcleo locou o imóvel com documentos falsos, estruturou o local e deu suporte para o arrastão.
Já o núcleo operacional era composto pelos assaltantes que abordaram as vítimas e executaram os roubos.
Há pelo menos mais uma suspeita foragida, apontada como responsável por locar o imóvel no centro de Ribeirão.