SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Pelo terceiro ano, a rua 25 de Março recebe o Festival da Lua Chinês. Neste sábado (4) e domingo (5), o encontro celebra uma das festas mais tradicionais da China. A programação tem danças do dragão e do leão, demonstrações de artes marciais, teatro e estandes de comida.
No primeiro dia, às 11h, acontece um desfile de tambores. Em seguida, o público acompanha a cerimônia do corte do bolo da lua, símbolo da festividade. Feito com amido, açúcar e leite em pó, o quitute remete a uma lenda que também explica a festa.
A agenda segue com a primeira apresentação da Troupe de Ópera Wu Zhongyue (às 12h), vinda da província Zhejiang, na China. O grupo preserva e difunde uma forma clássica de ópera chinesa, criada há mais de 500 anos.
Entre as demais atrações do dia, estão números de dança de escolas bilíngues paulistanas e apresentações musicais. Às 19h30, acontece um dos pontos altos, o desfile do dragão de 105 metros de comprimento. Ele se repete no domingo, às 17h.
As atividades da manhã seguinte seguem na ordem de sábado. Enquanto a tarde tem recitais do Instituto Confúcio (13h45) e apresentações de dança k-pop (14h42).
O festival também tem oficinas de caligrafia chinesa, gincanas culturais com distribuição de prêmios e um espaço de medicina tradicional, com sessões de auriculoterapia, ventosas de silicone e acupressão. As práticas serão gratuitas e realizadas por ordem de chegada.
Para comer, há barracas instaladas ao longo da rua que oferecem pratos típicos. Entre eles, estão os bolinhos da lua (R$ 15), bolinho frito de legumes (5 unidades por R$ 10), o bolinho jan bao recheado com carne e verduras (R$ 10) e o niurou lamian, um macarrão artesanal servido em caldo de carne bovina (R$ 40).
Nesta edição, o confeiteiro César Yukio, vencedor do MasterChef Confeitaria e chef da Hanami Confeitaria, participa com demonstrações de receitas autorais.
O festival originou-se quando os chineses começaram a estabelecer relações entre o movimento da Lua, as estações do ano e a produção agrícola. Como gratidão pela colheita abundante, eles faziam oferendas ao satélite natural nos dias de outono.
Há, também, a história de um homem chamado Hou Yi, que salvou a Terra abatendo nove dos dez sóis existentes na lenda. Ele recebeu um elixir da imortalidade e entregou à esposa Chang’e, mas um vizinho tentou roubá-lo, e a mulher, desesperada, tomou a poção.
A partir disso, ela se transformou em uma deusa e voou para o céu. Ao descobrir, o marido passou a oferecer os bolos favoritos de Chang’e à Lua.