SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Faraj al-Shamie, pai do suspeito do ataque a uma sinagoga no norte de Manchester, na Inglaterra, condenou o ato.
Pai de Jihad al-Shamie afirma que o filho cometeu um “ato hediondo”. Faraj al-Shamie divulgou um comunicado nas suas redes sociais em nome de toda a família.
Faraj se distanciou do ato do filho e se solidarizou com as famílias das vítimas. “Nós nos distanciamos completamente deste ataque e expressamos nosso profundo choque e pesar pelo que aconteceu”, diz o texto.
Faraj al-Shamie é médico cirurgião especializado em trauma e guerra. Ele trabalhou para organizações não-governamentais como a Cruz Vermelha em zonas de conflito.
RABINO TAMBÉM SE MANIFESTOU
“Eu vi o mal, eu vi ódio”, disse o líder religioso da sinagoga alvo dos ataques. Daniel Walker deu uma entrevista à rede britânica BBC.
Walker afirmou ter impedido a entrada de Jihad al-Shamie no templo. À BBC, ele relatou ter segurado a porta, junto de outras pessoas, para mantê-la fechada enquanto o suspeito tentava forçar a entrada usando vasos pesados.
“Eu vi heroísmo genuíno”, disse o rabino. “Pessoas que correram para ajudar as outras ao invés de fugir. Foi surpreendente.”
SUSPEITO ESTAVA EM LIBERDADE CONDICIONAL
Jihad al-Shamie estava em liberdade condicional. Segundo informações reveladas pelo jornal The Guardian, Jihad al-Shamie estava em liberdade condicional e era investigado por estupro.
Ele foi apontado pela polícia como o responsável pelo ataque à sinagoga no norte de Manchester, na Inglaterra. Ele era um homem britânico de ascendência síria. Shamie tinha 35 anos e foi morto pelas forças policiais.
Suspeito não era investigado por terrorismo. Ainda que estivesse em liberdade condicional, a polícia informou que não havia nenhuma suspeita anterior de terrorismo contra ele.