SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O estado de São Paulo tem 102 casos, entre investigados e confirmados, de intoxicação por metanol, de acordo com o novo balanço da Secretaria Estadual da Saúde, divulgado nesta sexta-feira (3). São 11 casos confirmados, com o registro de um óbito na capital paulista. Outros 91 casos são investigados.
Em relação às mortes, oito estão em investigação: cinco na capital, duas em São Bernardo do Campo (ABC) e uma em Cajuru (a 298 km da capital). Há 15 casos foram descartados.
Nesta sexta-feira (3), o Governo de São Paulo anunciou a compra e distribuição imediata de 2.000 ampolas de álcool etílico absoluto para o tratamento de pacientes com intoxicação por metanol.
Além desse reforço, já havia 500 unidades em estoque nos serviços de referência, assegurando a manutenção de uma reserva adequada para atender necessidades assistenciais.
O material foi destinado aos centros de referência estaduais: Hospital das Clínicas de Campinas, de Ribeirão Preto e de São Paulo.
Conforme nota técnica do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo, compartilhada com os 645 municípios e equipamentos de saúde, para obtenção de ampolas de álcool etílico absoluto, os serviços de saúde devem entrar em contato com os centros de referência com cópia da ficha de notificação do caso relacionado ao consumo de metanol.
A rede estadual reforçou a estrutura laboratorial para confirmar a presença da substância no organismo. O novo protocolo do estado prevê que as amostras de sangue ou urina coletadas em casos suspeitos sejam analisadas em até uma hora pelo Laboratório de Toxicologia Analítica Forense (LATOF) do Departamento de Química da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, por meio de cromatografia gasosa, método considerado padrão ouro para detecção de metanol. A coleta é feita nas unidades de saúde e o Instituto Adolfo Lutz coordena a logística de transporte das amostras até o laboratório.