SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O julgamento final do megaempresário do rap Sean “Diddy” Combs acontece nesta sexta-feira, em Nova York, nos Estados Unidos, para decidir qual será a pena do magnata, condenado em 2 de julho por transportar pessoas através de fronteiras estaduais americanas para fins de prostituição, crime envolvendo duas ex-namoradas.

Os promotores federais buscam uma pena de 11 anos e três meses de prisão, além de multa de US$ 500 mil, enquanto a defesa busca reduzir a pena a 14 meses e sua saída da prisão onde está detido desde setembro do ano passado.

O julgamento desta sexta, pausado para o almoço, começou mal para Diddy e caminha para uma possível derrota de sua defesa. O juiz disse que vai considerar toda a série de acusações contra Diddy, e não apenas a condenação quanto ao transporte para prostituição, como esperavam seus advogados.

Os promotores ressaltaram como as ações e violências de Diddy marcaram profunda e negativamente várias pessoas. Já a defesa tentou minimizar os atos do rapper em relação à Lei Mann, que proíbe o transporte de pessoas através de fronteiras estaduais para fins como prostituição, classificando-o apenas como alguém que organizou e usufruiu da prostituição.

Subramanian decidiu considerar um agravante de pena relacionado à coerção, devido às ameaças de Diddy em divulgar os vídeos de sexo. Ele ainda entendeu que os “freak-offs” não podiam ser classificados como meros encontros sexuais entre adultos com consentimento, como sugeriu a defesa, e que os acompanhantes sexuais contratados também foram vítimas.

A defesa apresentou um vídeo de momentos afetuosos do rapper com os filhos e a família. A resposta da defesa também foi marcada por um discurso emocionado de uma das advogadas do rapper, Nicole Westmoreland, uma mulher negra. Ela ressaltou como Diddy foi importante para a comunidade negra como empreendedor da moda, televisão e música. Em outro apelo, os seis filhos do rapper se dirigiram ao juiz, dizendo que o pai tinha mudado no tempo que passou preso e que não cometeria mais crimes.